A centro-direita venceu, de maneira apertada, a eleição legislativa de Portugal neste último domingo (10). Com 99,01% das urnas apuradas, a Aliança Democrática (AD) conseguiu 79 cadeiras na Assembleia da República, ficando com 29,49% dos votos.
A AD é formada pelas siglas: Partido Social Democrata (PPD/PSD), Partido Popular (CDS-PP) e o Partido Popular Monárquico (PPM). Foi contabilizada na distribuição de cadeiras a coligação apenas do PSD-CDS na Ilha da Madeira, que saiu vencedora, para a Aliança Democrática.
O Partido Socialista (PS) fez 77 cadeiras, representando 28,66%. O Chega, de extrema direita, ficou com 48 mandatos, conseguindo 18,06% dos votos.
Já foram confirmadas 226 parlamentares, faltando quatro cargos que serão decididos com o voto de pessoas que estão fora do país.
“É incontornável que a AD ganhou as eleições e o PS perdeu as eleições”, afirmou Luís Montenegro, líder da Aliança Democrática.
Segundo Montenegro, a coligação está pronta “para iniciar o governo e respeitar a palavra do povo português”.
Entretanto, ele expressa que a aliança está ciente “que em muitas ocasiões, a execução do programa do governo terá de passar pelo diálogo político na Assembleia da República”, pedindo a todos os partidos para assumirem essa responsabilidade, “a começar pelo PS”.
O líder da aliança reafirma que vai “cumprir a mudança” com um “novo primeiro-ministro, um novo governo e novas políticas”.
“Nós temos de dar ao país novas políticas e cumprir a base do programa que foi hoje sufragado”, declarou o líder da AD.
Partido Socialista assume derrota
Pedro Nuno Santos, líder do Partido Socialista, declarou não ter conseguido alcançar a maioria no pleito.
“Nós não temos uma maioria e se não temos uma maioria não nos podemos apresentar como uma solução”, manifestou Santos.
Em seu discurso, também disse que a legenda não vai ceder a “nenhum tipo de pressão” e que o seu projeto “não é compatível com o da AD”.
As eleições
De acordo com os mais recentes dados do Ministério da Administração Interna do país, 6,1 milhões de eleitores foram às urnas de 9,2 milhões de aptos para votar.
A eleição antecipada, quatro meses após a demissão repentina do primeiro-ministro socialista António Costa em meio a uma investigação de corrupção, novamente provoca o embate os dois partidos centristas – o Partido Socialista (PS) e o Partido Social-Democrata (PSD) – que se alternaram no poder desde o fim de uma ditadura fascista há cinco décadas.