Salim Mattar deve estar se peguntando o que ainda faz o secretário de Desestatização num governo que não privatiza nada.
Bilionário, Mattar pode segundo a coluna Radar, usar a rotina de “autoridade” para satisfazer o ego, aquela parte da vida de todo endinheirado que só a política ou a fama podem preencher. Mas o desprezo presidencial por suas funções, pouco aproveitadas, está cada vez mais evidente.
Veja que situação. Mattar, que seria o poderoso e temido privatista da máquina estatal herdada por Bolsonaro de Michel Temer e do PT, foi avisado pelo presidente, nesta quinta, que a Casa da Moeda não será mais privatizada. O presidente afirmou que decidiu retirar a empresa da lista de privatizações por entender ser uma empresa “estratégica”.
A pergunta aqui é, estratégica para quem? Para o PTB do amigão Roberto Jefferson, que aparelhou o lugar durante anos nas gestões petistas.
Não é mais segredo que Bolsonaro recorre ao toma lá dá cá para manter-se longe do risco de impeachment no Congresso. Sabe que seu governo virou um grande problema ao país, como mostra a capa de VEJA desta semana. Nessa guerra, vale até dormir com ex-amantes petistas.
Um bom programa ao bolsonarismo que sonhou com a nova política e o combate à corrupção? Digitar no Google: “Casa da Moeda, PTB, corrupção”. Tem leitura lá para o fim de semana inteiro.