Apesar de ter o maior tempo no horário eleitoral no rádio e na TV, Alckmin não subiu nas pesquisas.
Por isso, oficialmente, integrantes do bloco formado por DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade pedem mudanças no tom da campanha, mas, nos bastidores, já procuram candidatos que consideram mais viáveis para o segundo turno, diz jornal Estado de SP.
Por isso, o jornal diz que os líderes do Centrão foram convocados pelo prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), coordenador político da campanha, para uma reunião de emergência hoje na capital paulista. Porém, já há sinais de abandono na aliança tucana.
O coordenador da campanha de Bolsonaro em São Paulo, deputado Major Olímpio (PSL-SP), disse nesta última segunda-feira (17) que líderes do Centrão estão se aproximando do presidenciável do PSL.
No Solidariedade, partido ligado à Força Sindical, a preferência é pelo candidato do PDT, Ciro Gomes. Já o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), que concorre à reeleição, não esconde o apoio ao PT.
Sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no páreo por causa da Lei da Ficha Limpa, o senador pretende se juntar à campanha do petista Fernando Haddad. Alega, para tanto, questões regionais.
Um dos integrantes do bloco disse, segundo publicação do jornal, que na prática, não há como desfazer a coligação com Alckmin. Mas observou que, mesmo nas fileiras do PSDB, o tucano está sendo “cristianizado”, termo usado na política para se referir a candidato abandonado por seus pares.
Embora considere “dificílima” a hipótese de o tucano deslanchar, a maior parte do Centrão acha que é preciso concentrar o ataque em Bolsonaro e pregar o voto útil com mais vigor, deixando a artilharia pesada contra Haddad para o final. Há, no entanto, quem defenda críticas já ao petista.