A menos de um mês dos atos do 1º de Maio, Dia do Trabalho, a relação do governo Lula da Silva (PT) com as centrais sindicais tem esgarçado. Três delas (CTB, CSB e Nova Central) avaliam segundo a coluna Painel, da Folha de São Paulo, acionar a Justiça por estarem fora de conselhos dos quais dizem ter direito de participar, especialmente o do FGTS. Nesse caso, o alvo da bronca é o ministro Rui Costa, da Casa Civil.
Como mostrou o Painel, os presidentes das centrais se irritaram por não terem sido chamados para a reunião entre Lula e movimentos sociais no sábado (6), na Granja do Torto, residência de campo da Presidência. A única convidada foi a CUT (Central Única dos Trabalhadores), próxima do PT e que tem o presidente como um de seus fundadores.
“Na hora de carregar os cartazes e as latas de cola é para todos. Na hora de discutir a conjuntura é com os amiguinhos? Erro político grave desse governo”, afirma João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical.
O governo afirma que foi a primeira de diversas reuniões que o presidente pretende fazer com movimentos sociais.