Centrais sindicais celebraram segundo Guilherme Seto, da coluna Painel, as declarações do presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Josué Gomes da Silva, de que as elevadas taxas de juros reais vigentes no país criam uma desvantagem competitiva em relação a outros países do mundo.
Em encontro com jornalistas nesta terça-feira (30), Josué afirmou que a economia brasileira não cresce e que a taxa de juros reais era de 6% nos últimos 25 anos. “O mundo, durante 15 desses 25 anos, praticou taxas de juros reais negativas.”
A declaração aconteceu no mesmo momento em que as centrais realizavam manifestação na avenida Paulista pela redução das taxas de juros. Os líderes sindicais foram informados da declaração e celebraram ainda no local.
Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), afirma que “é preciso valorizar quando capital e trabalho têm percepção de um Brasil inclusivo”, diz.
“Comércio e serviço sofrem demais com juros elevados. O consumo diminui, os pequenos negócios têm falta de acesso a crédito. Os juros nos impedem de crescer, de dar oportunidade aos brasileiros. São uma âncora ao crescimento”, complementa.
João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical, reforça a percepção sobre as falas de Josué. “O posicionamento do presidente da Fiesp se soma aos interesses dos trabalhadores que querem juros baixos para ter mais empregos e no consumo, com prestações menores.”