No dia 28 de janeiro de 1925, nascia no Rio de Janeiro o Coronel Gilberto Antônio Azevedo e Silva. Em 1957, ele criou, dirigiu e foi o Instrutor-Chefe do primeiro Curso de Operações Especiais ministrado no Exército Brasileiro, marcando seu nome na história da Instituição. Ao registrar o centenário de nascimento do Coronel Gilberto, Operador Especial 01, o Exército louva o seu legado de realizações em prol do desenvolvimento dessa especialidade, de alta complexidade e importância para as atividades militares. Ele faleceu aos 89 anos há 11 anos, em 2014.
Ainda no posto de major, esse visionário militar retornou dos Estados Unidos, em 1957, onde participou de missão oficial junto ao Exército daquele país. As lições aprendidas durante o período no exterior, incluindo farta documentação, foram transmitidas ao General Djalma Dias Ribeiro, Comandante do Núcleo da Divisão Aeroterrestre, atual Brigada de Infantaria Pára-quedista, no Rio de Janeiro.
A relevância dos documentos apresentados levou o comando paraquedista a criar uma comissão de oficiais do seu estado-maior, para analisar como aplicar os ensinamentos ali inseridos. Após essa análise, o General Djalma determinou que o Comandante do Centro de Instrução Especializada Aeroterrestre, hoje Centro de Instrução Pára-quedista General Penha Brasil, criasse um curso com fundamentos nos estudos desenvolvidos.
Desse modo, sob a liderança do Major Gilberto, seguido por outros jovens e dedicados militares, foi realizado o primeiro Curso de Operações Especiais do Exército Brasileiro. O curso ocorreu de 2 de dezembro de 1957 a 4 de julho de 1958, na chamada “Colina Longa”, localizada na Vila Militar do Rio de Janeiro, com a finalidade de preparar líderes para equipes de combatentes aeroterrestres destinados à execução de diversos tipos de Operações Especiais.
O pionerismo do então Major Gilberto e sua equipe rendeu frutos. Desde a criação do curso que forma esses especialistas, diferentes gerações de Operadores Especiais foram adestradas, iniciando na “Colina Longa”, passando pelas instalações do Forte Camboatá, também no Rio de Janeiro, até a chegada ao Centro de Instrução de Operações Especiais (CIOpEsp), localizado em Niterói (RJ), onde atualmente são formados.
O Coronel Gilberto faleceu no dia 13 de dezembro de 2014, no Rio de Janeiro. Em reconhecimento aos serviços prestados por esse distinto militar, a Portaria nº 766, de 1º de julho de 2015, concedeu ao CIOpEsp a denominação histórica de “CENTRO DE INSTRUÇÃO CORONEL GILBERTO ANTONIO AZEVEDO E SILVA”.