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Donald Trump, à esquerda, e Gustavo Petro, à direita — Foto: Bloomberg (Trump) e Juan Barreto/AFP (Petro)
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segunda-feira 27 de janeiro de 2025 às 07:01h

Casa Branca diz que Colômbia aceitou termos sobre as repatriações, e Trump vai recuar na adoção de sanções

MUNDO, NOTÍCIAS


O governo dos Estados Unidos comunicou, neste último domingo (26), que a Colômbia recuou e concordou em aceitar seus cidadãos deportados, depois que o presidente Donald Trump determinou sanções. A administração Trump suspenderá as tarifas planejadas e a maioria das sanções, de acordo com comunicado da Casa Branca.

O chanceler colombiano, Luis Gilberto Murillo, afirmou que seu país considera “superado o impasse” que teve com os Estados Unidos, devido à negativa de receber migrantes deportados, aceitando os termos impostos pelo presidente Donald Trump. Tanto Murillo quanto o embaixador Daniel García-Peña viajarão nas próximas horas para Washington, para prosseguir com o trabalho conjunto e garantir condições dignas aos cidadãos “detentores de direitos”.

– Continuaremos recebendo os colombianos e as colombianas que retornem na condição de deportados – assegurou o diplomata, em uma coletiva de imprensa, momentos depois de a Casa Branca informar que Trump também voltara atrás nas sanções que havia anunciado contra a Colômbia, devido ao bloqueio do presidente Petro à entrada de aviões militares norte-americanos com colombianos expulsos (veja, abaixo, o comunicado oficial).

Comunicado oficial da Colômbia aceitando os termos dos EUA para repatriação de imigrantes — Foto: Reprodução
Comunicado oficial da Colômbia aceitando os termos dos EUA para repatriação de imigrantes — Foto: Reprodução

O presidente Gustavo Petro chegou a divulgar que iria retaliar as sanções norte-americanas com a imposição de taxas recíprocas.

O imbróglio representou a primeira crise do presidente americano com a América Latina, desde que tomou posse, há uma semana, e a primeira vez que ele de fato impôs sanções a um país por questões migratórias, ameaça que repetiu desde a sua campanha à Casa Branca.

Crise com Brasil e México

O México também negou a entrada de um avião militar com deportados dos EUA, mas ainda não houve resposta da Casa Branca à atitude. Segundo a rede americana NBC News, a aeronave não chegou a decolar, provavelmente por falta de aprovação do plano de voo, embora o motivo da recusa não tenha sido esclarecido pelas autoridades mexicanas.

Autoridades de ambos os países alegaram que só receberão os imigrantes enviados pelo novo governo americano quando forem estabelecidos protocolos que garantam sua transferência com dignidade.

Como pano de fundo do imbróglio está a chegada do primeiro avião de deportados dos EUA ao Brasil, na noite deste sábado, em que passageiros do voo aterrissaram com os pés e as mãos algemados. A operação fazia parte de um acordo firmado entre Brasília e Washington em 2017 para garantir o retorno acelerado de imigrantes irregulares sem que precisassem ficar detidos por muito tempo nos EUA. O governo federal cobrou explicações à Casa Branca.

Em comunicado, o Ministério de Relações Exteriores disse que o “uso indiscriminado de algemas e correntes viola os termos de acordo com os EUA, que prevê o tratamento digno, respeitoso e humano dos repatriados”. A pasta classificou como “degradante” o tratamento dispensados aos deportados no voo de repatriação do Serviço de Imigração e Controle de Aduanas dos Estados Unidos (ICE), com destino a Belo Horizonte.

O voo fez escala no aeroporto Eduardo Gomes, em Manaus, mas acabou não sendo autorizado a seguir para a capital mineira “em função do uso das algemas e correntes, do mau estado da aeronave, com sistema de ar condicionado em pane, entre outros problemas, e da revolta dos 88 nacionais a bordo pelo tratamento indigno recebido”, afirma nota do MRE.

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