As investigações sobre o caixa do “Cartel das Placas” no Detran da Bahia, revelaram que o esquema, desarticulado no último dia 10 de fevereiro pelo Ministério Público do Estado (MP-BA), rendia um lucro anual de ao menos R$ 5 milhões para a rede de empresas suspeitas de dominar o setor de emplacamento veicular na Bahia há mais de três décadas.
Segundo a coluna Satélite do jornal Correio, a análise do fluxo financeiro do cartel apontou que cada uma das 14 empresas até agora identificadas como integrantes do esquema recebia, em média, R$ 30 mil mensais, já descontadas despesas legais e operacionais – cerca de R$ 360 mil por ano. Os repasses eram feitos pelo empresário Adriano Muniz Decia, preso a pedido do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas do MP (Gaeco) e tido como o principal operador do cartel.
O lucro do esquema foi calculado com base nas contas de 2019, quando o cartel perdeu força por causa da modernização do serviço e de novas regras adotadas pelo Detran. Para o Gaeco, a renda era certamente maior nos anos anteriores.