Pequenas colisões, que geralmente têm reparo fácil, podem condenar conforme o reportagem da Reuters, os carros elétricos à perda total. Isso, por causa do alto custo das baterias. Essa situação, inclusive, tem se tornado comum nos Estados Unidos, onde veículos ainda novos, com baixa quilometragem, têm sido leiloados para retirada de peças e, depois, destinados ao ferro velho com danos de pequena monta em acidentes de trânsito.
Esses dados constam em um relatório elaborado pela Reuters e repercutido pelo site The Drive. De acordo com o levantamento, os carros elétricos da Tesla, em especial o Model Y, têm sido os mais vulneráveis a danos nas baterias mesmo em pequenas colisões. Isso, devido à maneira como esse componente é instalado no veículo.
No Tesla Model 3, a bateria é integrada à estrutura da carroceria. Essa solução dá maior rigidez ao veículo, mas, por outro lado, torna a manutenção extremamente difícil. Além disso, o componente fica envazado por um envólucro, que simplesmente não pode ser substituído.
Para completar, o preço apenas da bateria, sem incluir os periféricos e a mão-de-obra pelo serviço de substituição, é de US$16.000 (valor que equivale a aproximadamente R$84.000). Nesse ponto, cabe destacar que esses componentes têm nada menos que 4.680 células.
Carros elétricos de outras marcas adotam solução melhor
Características como integrar as baterias à estrutura e protegê-la com um envólucro são características comuns em aparelhos celulares. Isso mesmo! Porém, segundo o portal Vrum, outros fabricantes de carros elétricos vêm adotando soluções distintas, justamente para evitar problemas como os que estão ocorrendo com os modelos da Tesla.
General Motors e Ford, por exemplo, já fabricam pacotes modulares de células das baterias, que permitem substituição de maneira independente. Ao menos por enquanto, porém, os carros elétricos da Tesla ainda não permitem a substituição parcial das células da bateria.