A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi definida nesta última segunda-feira (17) como a relatora do pedido apresentado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) que pede a prisão do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) por “manifestação caluniosa”, após o parlamentar sugerir que o decano Gilmar Mendes realizasse suposta comercialização de habeas corpus.
Envolvido na questão, o ministro Gilmar foi considerado impedido. Em 2021, Cármen Lúcia foi uma das magistradas que votaram favoráveis a parcialidade de Moro na ação que tramitou no Supremo Tribunal Federal sobre a condenação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (STF) no caso do tríplex do Guarujá, julgado pela Lava Jato. A
ministra mudou seu voto, que havia sido declarado em 2018, e o placar passou a ser maioria contrária ao ex-juiz federal. Nesta segunda, Moro realizou um pronunciamento e lamentou que a Procuradoria-Geral da República tenha considerado com facilidade a chance de pedir a prisão de um senador.
“Não creio que esse seja o Brasil que queremos caminhar. O que existe são falas que foram descontextualizadas para, falsamente, me colocar como alguém contrário ao STF ou ao ministro, o que nunca fui. Sempre critiquei o Supremo respeitosamente e elogiei o papel que o Supremo teve no passado no combate à corrupção”, declarou o parlamentar.