Ao saudar os novos filiados, o governador Flávio Dino (MA) e o deputado federal Marcelo Freixo (RJ), o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, afirmou que o partido e seus representantes farão “a oposição mais dura possível e não aceitarão as tentativas de imposição de ditadura” feitas pelo governo de Jair Bolsonaro. O ato aconteceu no final da manhã desta terça-feira (22), na sede da Fundação João Mangabeira (FJM), em Brasília.
Em sua fala, Carlos Siqueira classificou as novas filiações como um momento único na história do PSB.
“Vocês chegam em um momento que precisamos de reforço na luta democrática que empreendemos juntos com os demais partidos de oposição de esquerda e com todos os partidos democráticos. Vocês, com toda a dimensão do que representam, estão dando continuidade a uma luta que acontece há décadas no PSB, uma luta que começou com João Mangabeira em 1947, na redemocratização. Esse partido já foi fundado com o DNA do socialismo, com liberdade de forma criativa”.
Ele reforçou que para derrubar Bolsonaro é necessário “ir muito além da esquerda”. “Queremos vencer a eleição presidencial e pra isso temos que formar a frente mais ampla possível, amplíssima, com toda a esquerda e todos que lutam pela democracia no Brasil”.
Participaram ainda do ato os governadores Paulo Câmara e Renato Casagrande, o líder da bancada na Câmara, Danilo Cabral, o presidente da FJM, Márcio França, o ex-governador Ricardo Coutinho, o prefeito de Recife, João Campos, deputados de vários partidos, dirigentes e filiados ao PSB. Também filiou-se ao partido, o ex-deputado federal e ex-vice governador do Espírito Santo, Givaldo Vieira.
Em sua manifestação, Siqueira classificou a chegada do novo quadro como um “bálsamo de rejuvenescimento ao partido”.
“Marcelo Freixo entra no PSB, na condição de pré-candidato ao governo do Rio com o mais absoluto apoio do presidente do partido no Estado, Alessandro Molon, que também se apresenta como pré-candidato ao Senado. Assim lutaremos contra as milícias bolsonaristas e o crime organizado no Rio”.
Para Siqueira, são personalidades como a dos filiados que, se juntando a outras lideranças jovens do partido e aliados, “vão construir uma nova realidade” rumo a liberdade e ao socialismo democrático, “que muda a cada conquista contra a discriminação aos negros, mulheres e homossexuais”.
Ao finalizar, Siqueira lembrou aos presentes e aos que assistiam ao ato de filiação pela transmissão nas páginas do PSB que, à beira de completar 74 anos, o partido lança sua Autorreforma e citou a importância da sua autocrítica.
“Temos que ter humildade para buscar novos horizontes e organizações partidárias que estejam mais conectadas com os grandes desafios atuais”, finalizou.
Em sua saudação de boas-vindas aos novos filiados, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, ressaltou que Freixo e Dino chegam ao partido para fortalecer um projeto nacional que cumpra os desígnios e a missão do PSB. “Mais do que nunca, é fundamental que a gente tenha posições firmes do partido neste momento de práticas de ruptura política e de desrespeito às instituições. Mais do que nunca, é importante que estejamos juntos agregando lideranças e instituições partidárias do campo democrático e progressista, para que possamos unificar as nossas forças em torno de um projeto para o Brasil e em torno de um projeto para as eleições do ano que vem”, ressaltou.
O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, lembrou que o PSB atuou de forma decisiva em momentos importantes da vida política brasileira, combatendo a ditadura e participando de forma ativa do processo de democratização, que culminou com a Constituição cidadã de 1988. E, agora, no atual cenário de ameaça às instituições e à democracia, Flávio Dino e Marcelo Freixo irão somar forças para que o partido continue a lutar contra retrocessos.
“Esse mesmo partido, que contribuiu e ajudou tanto o Brasil, é um partido que vai lutar ainda mais contra tudo aquilo que temos visto. O governo federal está conseguindo rapidamente destruir mais de 30 anos de conquistas.Seja nas instituições democráticas, seja nas questões econômicas, e pricipalmente, na ampliação da desigualdade social, na volta da fome e na piora constante da vida da população brasileira”, criticou.