Filiado recentemente aos tucanos com a promessa de liderar o partido na capital baiana e mirando o fortalecimento da sigla nas eleições de 2024, o presidente da Câmara Municipal de Salvador (CMS), Carlos Muniz (PSDB), não acha viável segundo Eduardo Dias, do A Tarde, um eventual cenário de nova federação entre seu partido, que já está ligado ao Cidadania, agora possivelmente também com o MDB.
Um dos principais nomes do MDB nacional, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, defendeu a adesão do partido à federação existente. O movimento, inclusive, é defendido também pelo presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, mas com resistência por parte de alas do PSDB.
Em Salvador, a ida de Muniz ao PSDB foi interpretada de duas maneiras: a primeira delas como uma definição de ida para a base do prefeito Bruno Reis (União Brasil), já que os tucanos e o Cidadania já apoiam o gestor.
Por outro lado, com a promessa de independência no diretório da capital e possível reformulação do partido, a ida dele para o ninho tucano pode casar com sua amizade com o principal líder do MDB baiano: o vice-governador Geraldo Júnior.
Muniz e Geraldo já trocaram declarações públicas de apoio mútuo sobre as eleições de 2024, mas a recente filiação do presidente do Legislativo Municipal deixou o aliado “magoado”, conforme admitido por ele mesmo em entrevistas recentes.
“Se a federação for realizada, vamos respeitar. Mas não tenho informações sobre isso ainda. Estarei hoje com o presidente Adolfo Vianna e vou saber o que ele pensa disso. O que ele me falou foi sobre o Podemos, mas não existe mais. Na minha visão, é um cenário ruim, é a minha opinião particular, mas vamos ver o que acontece”, afirmou o presidente da Câmara ao Portal A Tarde.