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terça-feira 5 de novembro de 2024 às 17:24h

Caos toma conta de Camaçari após demissão em massa na prefeitura

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Na semana passada, o prefeito de Camaçari, Elinaldo Araújo (União Brasil), publicou um decreto com a exoneração de todos os cargos comissionados no âmbito da administração pública direta municipal. A estimativa segundo reportagem de Anderson Ramos, do portal BNews, é de que cerca de 3 mil pessoas perderam seus empregos. A medida foi tomada após a derrota de Flávio Matos (União Brasil) nas eleições.

Josemiran Marques, diretor do Sindicato das professoras e professores da rede pública municipal de Camaçari (Sispec), informou ao portal BNews, que algumas escolas já sofrem com a redução da força de trabalho.

“Esses últimos dias várias escolas, como a Luiz Pereira e o Centro Educacional de Barra de Pojuca, ficaram sem acolher os alunos por falta de vigilante para abrir a escola”, exemplificou.

“Está difícil, todo dia recebemos denúncias de várias escolas. Se alguma providência não for tomada a situação vai piorar. Está virando um caos”, pontuou o sindicalista.

A situação também afeta a saúde. Relatos apontam redução no atendimento de unidades médicas e do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

Além disso, a prefeitura diminuiu o número de salva-vidas de 64 para apenas 26, tornando a cobertura dos 42 km de costa camaçariense, ainda mais complicada, em plena alta estação.

A prefeitura foi procurada pela reportagem, mas não obteve resposta. O espaço está aberto para manifestações.

Ação no MP-BA

O prefeito eleito, Luiz Caetano (PT), se reuniu na manhã desta segunda-feira (4) com o procurador-geral do Ministério Público da Bahia, Pedro Maia, para pedir apoio em relação à situação em Camaçari.

O petista relatou, em entrevista coletiva, que entrou com ação do MP-BA contra a suspensão de serviços essenciais feita pela prefeitura nos últimos dias.

“O prefeito interrompeu serviços essenciais, já afastou médicos, estagnou convênio com funerárias, o SAMU está praticamente sem funcionar, também suspendeu o transporte universitário no final do ano, em que muitos estudantes tem prova. São mais de 3 mil estudantes que são transportados diariamente para suas universidades e isso é muito cruel. Por isso, entramos com representação no Ministério Público contra todos esses absurdos do prefeito”, explicou.

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