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quarta-feira 15 de setembro de 2021 às 05:17h

‘Candidatura de João Roma em 2022 beneficia grupo governista’, afirma Lídice

NOTÍCIAS, POLÍTICA


Em entrevista ao Bahia Notícias, a deputada federal Lídice da Mata que é presidente do PSB na Bahia, avaliou que a possível candidatura do ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), ao governo da Bahia em 2022 beneficiará o grupo governista, pela divisão das forças oposicionistas no estado.

De acordo com a parlamentar, o bolsonarista é a única grande novidade do debate político baiano para 2022.

“Na Bahia, agora, estão surgindo aí três polos de discussão: o polo bolsonarista, com a possível candidatura de João Roma; o tradicional, que é a candidatura vinda do grupo que antigamente tinha o poder na Bahia; e o grupo que derrotou o poder do PFL/DEM na Bahia. Então a novidade é essa: ter três candidaturas e não duas. Eu acho que isso nos beneficiará”, comentou Lídice.

Chefe de gabinete da prefeitura de Salvador até 2018, quando lançou-se a deputado federal com o apoio de ACM Neto (DEM), João Roma foi convidado para ser ministro de Bolsonaro em fevereiro de 2021 e aceitou, a contragosto do seu agora antigo aliado. De lá para cá, ele tem sido colocado pelo presidente da República e seus aliados como provável candidato bolsonarista ao governo da Bahia.

Enquanto os pólos “bolsonarista” e “tradicional” parecem com candidaturas bem definidas, respectivamente com João Roma e ACM Neto, o grupo que hoje governa a Bahia ainda discute qual candidato o representará. O senador Jaques Wagner (PT) e o vice-governador João Leão (PP) e surgem como os nomes mais comentados, mas o senador Otto Alencar (PSD) também tenta disputar ao Palácio de Ondina.

Fusão entre o PSL e DEM

Lídice também comentou a possível fusão que tem sido negociada pelo DEM e pelo PSL. Ela considera que a união é positiva, pois contribui com a redução do alto número de partidos políticos no Brasil. Além disso, a deputada baiana vê na nova sigla que vai surgir mais um aliado na batalha contra o bolsonarismo.

“Esse movimento de PSL e DEM se transformando na mesma coisa, eu acho bom porque vem dentro desse projeto de diminuir o número de partidos. Fica mais fácil você ter os adversários mais bem definidos. E, ainda assim, vai ter o momento em que nós vamos ter dois campos contra Bolsonaro na Bahia, o que é muito bom”, finalizou a parlamentar.

Apesar de ter sido o partido a receber Bolsonaro em 2018, o PSL rompeu com o presidente da República durante o governo e passou a ter uma postura mais crítica ao bolsonarismo. Recentemente, a sigla assinou uma nota conjunta com o DEM, criticando as falas antidemocráticas do chefe de estado durante as comemorações do Sete de Setembro.

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