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O candidato do Partido Popular, Núñez Feijóo, acena durante manifestação de apoio a seu nome em Madri, 24/09/23. AFP - THOMAS COEX
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quarta-feira 27 de setembro de 2023 às 11:02h

Candidato segue batalha para conseguir votos para chegar a primeiro-ministro da Espanha

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Os 350 deputados da Espanha devem votar, nesta quarta-feira (27), para validar ou não o candidato de direita, Alberto Nuñez Feijóo, como premiê do país. Feijóo representa o Partido Popular, tradicional sigla da direita espanhola, e foi o mais votado nas eleições que ocorreram em julho deste ano.

No entanto, para assumir o posto de primeiro-ministro da Espanha, ele precisa contar com a aprovação da maioria absoluta do Congresso – o que significa ter o aval de pelo menos 176 deputados.

Acontece que uma aliança formada pelo Partido Popular e pelo Vox, sigla de extrema direita, soma insuficientes 170 votos – 137 do PP e 33 do Vox. E, ainda que garanta a provável colaboração de outros dois deputados, dos partidos Coalizão Canáriae União do Povo Navarro, Feijóo seguirá contando com o consentimento de apenas 172 parlamentares. Faltariam 4 votos para que ele se tornasse primeiro-ministro.

O protocolo, que inclui discussões parlamentares e a votação desta quarta-feira, começou no dia anterior com o debate entre representantes de diferentes partidos políticos espanhóis. Na ocasião, Feijóo expôs os argumentos que sustentam sua candidatura e respondeu a aliados e adversários em uma sessão que se prolongou por toda a tarde e pelo início da noite de terça-feira (26).

Nova chance em 48h

Caso o líder do Partido Popular não alcance a maioria absoluta na votação desta quarta-feira, ele terá outra chance de ser empossado e passar a governar a Espanha – 48 horas após a primeira tentativa, ou seja, na sexta-feira (29), o pedido seria submetido a uma segunda votação.

Se for assim, bastará uma maioria simples, com mais votos a favor que objeções, para garantir a vitória. Na ocasião, Feijóo teria 10 minutos para voltar a pedir o apoio dos deputados e os representantes dos grupos parlamentares deveriam se manifestar brevemente antes do início da votação.

Se o líder da direita ganhar a confiança do Congresso e alcançar a maioria simples, a Espanha terá um novo primeiro-ministro já na sexta-feira. Entretanto, de acordo com os cálculos feitos até o momento, Alberto Nuñez Feijóo contaria com 172 votos a favor e 178 contra. Uma vez que tal previsão se confirme, ele não conseguiria assumir o cargo.

Possibilidade de virada

Diante de uma derrota de Feijóo na próxima sexta-feira, se iniciaria um período de dois meses em que o rei Felipe VI voltaria a se reunir com representantes do parlamento a fim de indicar o próximo candidato a formar um governo.

Durante esse bimestre, é provável que haja a tentativa por parte do atual primeiro-ministro Pedro Sánchez. O líder do Partido Socialista Operário Espanhol foi o segundo candidato mais votado no pleito de julho e, depois da celebração das eleições, esteve em contato com representantes de diferentes frentes políticas em busca de obter o respaldo da maioria necessária para governar.

Diante de um possível fracasso de Feijóo, os apoios dos deputados de partidos políticos independentistas da Catalunha serão decisivos para que Pedro Sánchez tenha chances de reeleição.

Sabendo disso, o socialista tem investido nessas conexões e, inclusive, no papel de atual primeiro-ministro, aprovou o uso no Congresso das línguas cooficiais da Espanha – catalão, galego e basco. Os idiomas passaram a poder ser utilizados pelos deputados espanhóis em sessões parlamentares na semana passada.

No caso de que nenhum candidato consiga ser nomeado nos próximos dois meses, o Rei Felipe VI dissolverá o parlamento e os espanhóis voltarão às urnas após a convocatória de novas eleições.

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