Candidato recebe milhares de reais do fundo partidário e desiste do pleito, o que ocorre com dinheiro?

O Partido Liberal (PL) destinou R$ 671.770,00 do fundo eleitoral para a campanha do candidato a prefeito de Ilhéus, Coronel Rezende. A quantia foi enviada para ser utilizada nas atividades eleitorais do candidato, mas, na semana passada, Coronel Rezende surpreendeu ao anunciar sua desistência da corrida eleitoral. Ele declarou apoio ao adversário Valderico Júnior, do União Brasil.

Coronel Rezende justificou que sua desistência foi estratégica, visando fortalecer a oposição à atual gestão e evitar a fragmentação do eleitorado.

No entanto, uma análise dos gastos de campanha revela que, até o momento de sua retirada, o Coronel já havia utilizado R$ 270.976,00 dos recursos destinados a sua campanha, restando R$ 401 mil.

Segundo João Matheus, do Políticos do Sul da Bahia, esses gastos cobrem despesas com publicidade, material de divulgação, eventos e outros custos relacionados à promoção de sua candidatura.

A desistência de Rezende gera questionamentos sobre o destino do montante restante dos recursos públicos do fundo eleitoral. De acordo com as regras eleitorais, caso o valor não seja utilizado, deverá ser devolvido ao partido ou ao fundo partidário. No entanto, ainda de acordo com João Matheus, essa abrupta mudança de apoio e o alto valor já gasto colocam a situação sob os holofotes da opinião pública. E existem diversos de outros candidatos tanto para prefeito quanto para vereador  que receberam repasses de seus respectivos partidos, mas desistiram do pleito.