O candidato à presidência da Argentina, Javier Milei, que é de extrema direita, reforçou que, caso seja eleito, não fará negócios com comunistas e incluiu o presidente Lula (PT) entre as lideranças excluídas dos seus laços comerciais. “Não só não farei negócios com a China. Não farei negócios com nenhum comunista. Eu sou um defensor da liberdade, da paz e da democracia. Os comunistas não cabem aí. Os chineses, Putin e Lula não cabem aí”, afirmou Milei em entrevista ao jornalista norte-americano Tucker Carlson.
Brasil e China são os dois maiores parceiros comerciais da Argentina. A declaração faz parte de outras opiniões polêmicas de Milei quando o assunto é economia. Ele prometeu que se for eleito, vai dolarizar a economia da Argentina, fechar o Banco Central do país e diminuir significativamente o tamanho de ministérios.
IFF condena dolarização da economia
O Instituto Internacional de Finanças (IIF, na sigla em inglês), publicou um relatório onde condenou a proposta de dolarização da economia da Argentina de Milei. Na avaliação do IFF, uma possível dolarização poderia reduzir a flexibilidade cambial do país, provocar um atraso cambial e implicar em custo elevados de crescimento a longo prazo.
A entidade, uma associação global do setor financeiro com participantes de mais de 60 países, emitiu no dia 8 de agosto um relatório criticando duramente as propostas de Milei, ressaltando os impactos negativos ante os poucos benefícios que as mudanças iriam trazer para a economia argentina.