Os candidatos a prefeito e vereador do país já gastaram R$ 55,8 milhões para impulsionar conteúdos nas plataformas da Meta, o que inclui Instagram, Facebook e Threads. Isso faz a empresa de Mark Zuckerberg ser a que mais recebeu dinheiro nas eleições de 2024.
Um levantamento feito pela coluna de Carlos Madeiro do Uol, com os dados de prestação de contas parcial até a manhã desta quarta-feira (25), entregues ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e disponíveis para consulta pública no portal Divulgacand.
O registro contabiliza apenas os pagamentos diretos de campanhas e não inclui gastos terceirizados (por exemplo, feitos por agências de comunicação contratadas por candidatos).
Entre os candidatos que mais utilizaram a ferramenta está Zé Neto (PT), que disputa a prefeitura de Feira de Santana. Até o momento ele já gastou R$ 200 mil e está em 19º no ranking dos que mais gastaram.
Os quatro candidatos que mais gastaram até aqui são de apenas duas capitais, que por sinal têm eleições bem acirradas: Fortaleza e São Paulo.
Da capital cearense, vem o líder em gastos com o impulsionamento até aqui: o prefeito José Sarto (PDT), que já gastou 3,7 milhões com o serviço da Meta. Guilherme Boulos (PSOL), em São Paulo, vem em seguida, com R$ 2,4 milhões.
Juntos, eles somam 11% do total gasto por todos os candidatos do país. Segundo o TSE, 12,5 mil candidatos usaram o recurso em suas campanhas (foram mais de 400 mil registros recebidos este ano).
Entre os 20 primeiros, seis são candidatos na capital paulista —três disputam a prefeitura e três concorrem a vaga na Câmara de Vereadores.
O impulsionamento é usado para que uma postagem não se limite ao alcance natural do seu perfil, ou seja, apenas às pessoas que o seguem.
Para impulsionar (ou promover) um post, o responsável paga para que o conteúdo seja exibido para um público maior e com perfil escolhido pelo usuário. Assim, campanhas podem definir se uma postagem deve ser mostrada apenas a um grupo determinado, como de mulheres ou jovens, por exemplo.