O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou nesta quarta-feira (3) de um culto organizado pela bancada evangélica em um auditório da Câmara dos Deputados.
Bolsonaro é candidato à reeleição e busca o apoio dos eleitores evangélicos. Pesquisa Datafolha divulgada em junho mostrou que os brasileiros que se declaram evangélicos estão divididos de maneira equivalente entre a esquerda e a direita.
Segundo a classificação, 41% das pessoas que se disseram evangélicas deram respostas mais inclinadas à esquerda, enquanto 37% deram respostas mais à direita. A margem de erro é de quatro pontos percentuais. Por isso, estão tecnicamente empatados.
Uma outra pesquisa Datafolha, divulgada na semana passada, mostrou o presidente em segundo lugar, com 29% das intenções de voto, atrás de Lula (PT), com 47%.
‘Culto da Ceia’
O evento desta quarta-feira na Câmara, chamado de “Culto da Ceia”, contou com a participação de parlamentares, entre eles o presidente da Frente Parlamentar Evangélica, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), e ministros de Estado, entre os quais Marcelo Queiroga (Saúde) e Celio Faria (Secretaria de Governo).
Bolsonaro é católico, mas a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, é evangélica. Na campanha eleitoral e ao longo do mandato, ele participou com frequência de eventos evangélicos.
Durante o culto desta quarta-feira, na Câmara, Bolsonaro voltou a dizer que há no Brasil uma “luta do bem contra o mal”, frase utilizada frequentemente pelo presidente para se referir ao período eleitoral
Bolsonaro também voltou a criticar prefeitos e governadores que adotaram medidas restritivas como forma de combater a disseminação da Covid. Segundo o consórcio de veículos de imprensa, a doença matou mais de 679 mil pessoas no país até esta terça (2).
O presidente também voltou a ironizar o manifesto pela democracia promovido pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Sem jamais ter apresentado provas de eventuais fraudes, Bolsonaro ataca as urnas eletrônicas e o processo eleitoral com frequência.