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sexta-feira 23 de outubro de 2020 às 18:20h

Candidatas femininas contam com apoio do TSE e redes sociais nas Eleições de 2020

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) firmou parcerias com as redes sociais com o objetivo de transformar o meio digital em um ambiente mais seguro e livre de ameaças para candidatos nas Eleições Municipais em 2020, principalmente as candidaturas femininas. A medida visa ainda promover mais informação aos eleitores, com duas iniciativas: 1) a sua busca por informações oficiais e checadas e 2) o seu acesso a todos os conteúdos de utilidade pública para as Eleições 2020. Whatsapp, Instagram, Facebook, TikTok, Google e Twitter estão com serviços personalizados para o período eleitoral.

Nesta semana, o Tribunal lançou cartilha em parceria com o Instagram direcionada a proteção das candidatas na rede, a cartilha Guia de Segurança do Instagram para Mulheres na Política. Esse material é mais um dos esforços que estão sendo desempenhados com o objetivo de aumentar a participação das mulheres na política, que muitas vezes desistem de lançar uma candidatura por serem mais suscetíveis a ataques. Como o próprio Guia destaca, as mulheres têm três vezes mais chances do que seus colegas do sexo masculino de serem alvo de comentários sexistas nas redes sociais e 70% das mulheres classificaram o assédio online como um “grande problema”, em comparação com 54% dos homens.

Com o cenário de pandemia atual, as campanhas sofreram mudanças que provocaram a migração do contato corpo a corpo para as redes sociais aumentando o fluxo de conteúdo político nas mesmas. As parcerias firmadas então, surgem como medidas de combate a desinformação. O WhatsApp, por exemplo, ganhou um canal oficial de denúncias e tira-dúvidas que será desativado apenas após o final do segundo turno, em 19 de dezembro.

Por mais mulheres na política municipal

No último pleito municipal, em 2016, foram eleitas um pouco mais de 600 mulheres ao cargo de prefeitas, representando cerca de 13% dos cargos do executivo municipal. Esse número representou uma queda em relação ao pleito anterior, em 2012, e chamou atenção ainda mais para a necessidade de reversão desse cenário. O Brasil ainda está longe do cenário desejado de participação feminina, ainda mais uma vez que representam 52% da população e do eleitorado. Segundo o mapa de mulheres na política criado pela União Interparlamentar e ONU Mulheres, o Brasil ocupa a 140ª posição num ranking de 193 países.

As Eleições de 2020 também contarão com a inovação de que os partidos são obrigados por lei a apresentar um número de 30% de candidaturas femininas, com isso as mulheres representam 33% dos candidatos no pleito. Apesar da inovação os números permanecem estáveis em comparação a 2016, 32%, e 2012, 31%.

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