O anúncio do prefeito Bruno Reis (DEM), nesta última segunda-feira (29), sobre o cancelamento do Festival da Virada Salvador mobilizou o trade da capital, informa o Bahia Econômica. O prefeito alegou que a nova variante do coronavírus, batizada de Ômicron e considerada preocupante pela Organização Mundial de Saúde (OMS) levou a administração municipal a reavaliar a realização da festa desse ano, optando pelo cancelamento.
Em entrevista ao jornal Correio, o secretário municipal de cultura e turismo de Salvador, Fábio Mota, prevê que a receita turística da cidade reduzirá em 40% este ano por conta da não realização do réveillon público. No mínimo, a cidade deixará de arrecadar R$ 71,4 milhões, em comparação ao evento de 2020. O trade turístico também prevê queda na ocupação dos hotéis, que receberam, na última festa, mais de 155 mil pessoas, só entre 30 de dezembro e 3 de janeiro.
De acordo com Fábio Mota, cerca de um terço da receita arrecadada na cidade durante o período do réveillon, advém do Festival Virada. “Setenta por cento da receita de nossa cidade vem do setor de serviços e 30% do turismo. O cancelamento [do réveillon] é muito ruim, porque deixa de circular milhões em nossa economia. Sem a festa, a gente perde muito”, disse. Para minimizar essa perda, o secretário acrescenta que os hotéis devem apostar em festas particulares. “Dentro do limite de três mil pessoas, os próprios hotéis da cidade podem montar suas festas, de forma organizada e seguindo os protocolos”, aconselhou.