Parentes do deputado baiano Elmar Nascimento (União Brasil) e Hugo Motta (Republicanos-PB), rivais na disputa pela presidência da Câmara, tiveram de acordo com Lauro Jardim, do O Globo, suas campanhas turbinadas pelos seus partidos.
Na Paraíba, Nabor Wanderley, pai de Motta e candidato à reeleição na prefeitura de Patos, recebeu R$ 735 mil da direção nacional do Republicanos para as eleições. Além da legenda à qual é filiado, outros três partidos liberaram recursos a sua campanha, entre eles o União Brasil, de Elmar, que repassou R$ 97,8 mil.
Também contribuíram as direções estadual do Solidariedade, com R$ 45 mil, e a nacional do PP, com R$ 30 mil. Ao todo, Nabor angariou um valor líquido de R$ 907 mil. O montante é superior ao limite de gastos eleitorais, definido pelo TSE em R$ 848 mil para a cidade de 103 mil habitantes. Dessa quantia, 96% é proveniente do Fundo Eleitoral e o restante, de fundos partidários.
Algumas despesas, ainda conforme o colunista, como consultoria e honorários em decorrência de serviços advocatícios ou de contabilidade são excluídas deste teto, embora consideradas gastos eleitorais.
Já na Bahia, Elmo Nascimento recebeu quase R$ 802 mil do Fundo Eleitoral, repassados pela direção nacional do União Brasil. O irmão de Elmar tenta se manter na prefeitura de Campo Formoso contra Denise Menezes (PSD), nome apoiado pelo presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o deputado estadual Adolfo Menezes (PSD).
O limite de gastos no município de 71 mil habitantes é de R$ 823 mil. Elmo acumula R$ 805 mil em recursos recebidos.