sexta-feira 22 de novembro de 2024
INVERSÃO - Bolsonaro: segundo a Brasmarket, de campeão de rejeição a líder de intenção de votos na Região Nordeste - Marcos Corrêa/PR
Home / NOTÍCIAS / Campanha de Bolsonaro pretende gastar 31 vezes mais do que em 2018
segunda-feira 4 de julho de 2022 às 07:29h

Campanha de Bolsonaro pretende gastar 31 vezes mais do que em 2018

NOTÍCIAS, POLÍTICA


A campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro quer gastar segundo Renan Truffi, do jornal Valor, todos os R$ 88,3 milhões estabelecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como teto para a disputa presidencial em 2022. O valor é 31 vezes maior do que o atual presidente usou para se eleger em 2018, quando declarou despesas da ordem de apenas R$ 2,8 milhões.

A maior parte dos recursos deve ser custeada pelo PL, partido comandado pelo ex-deputado Valdemar Costa Neto, mas Bolsonaro e seus aliados devem iniciar uma mobilização em busca de doações junto a empresários próximos, com objetivo de complementar o restante do valor.

Antes de o TSE estabelecer esse teto, uma ala do PL havia considerado, inclusive, um teto maior para a campanha do atual presidente. Interlocutores do PL falavam em uma faixa de gastos que poderia variar entre R$ 80 milhões e R$ 150 milhões. O entorno mais próximo de Bolsonaro diz, no entanto, que o valor de referência sempre foi o limite estabelecido para as eleições de 2018, que ficou em R$ 70 milhões, valor agora corrigido pela inflação.

Apesar das estimativas generosas, Bolsonaro terá de disputar recursos com as diversas campanhas que o PL bancará em todo o país. Já é certo que a legenda de Bolsonaro não poderá se responsabilizar por todo o montante gasto na campanha presidencial justamente porque precisará enviar recursos do fundo eleitoral para seus outros candidatos. Nas contas preliminares, o partido tem ao menos uma dezena de candidaturas para o Senado e ao menos 13 nomes para governos estaduais.

Por causa desse cenário, o núcleo da campanha bolsonarista já tem pronto um site de campanha destinado a facilitar o recebimento de doações de pessoas físicas, já que as doações empresariais continuam vedadas pela legislação. Ainda assim, a expectativa de aliados do presidente é que as doações mais significativas sejam feitas por empresários amigos de Bolsonaro, que o apoiaram em 2018 e continuaram frequentando o Palácio do Planalto desde então.

Neste sentido, de acordo com fontes dentro do governo, já há uma mobilização nos bastidores para que os principais nomes do agronegócio brasileiros ajudem a bancar a campanha de Bolsonaro. Alguns contatos já foram feitos, inclusive.

Veja também

Bolsonaro pode ser preso após indiciamento? Entenda os próximos passos do processo

Jair Bolsonaro (PL) foi indiciado pela Polícia Federal nesta quinta-feira (21) pelos crimes de abolição …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Content is protected !!