O presidente Jair Bolsonaro (PL) usou a cartada de prometer aumentar o salário mínimo para 1.400 reais caso reeleito, mas não conseguiu conforme a Reuters, de maneira geral, falar para fora da bolha bolsonarista no último debate antes do segundo turno da disputa presidencial, disseram fontes da campanha à reeleição.
Segundo uma das fontes, o recado de que vai turbinar o salário mínimo no próximo ano “era o coelho na cartola”, após Bolsonaro ter enfrentado dificuldades com informações de que a equipe econômica pretenderia desindexar o reajuste do mínimo do aumento da inflação no próximo ano.
Segundo essa fonte, a avaliação instantânea do debate feita pela campanha –o chamado tracking– foi positiva para o candidato à reeleição.
Logo após a fala de Bolsonaro sobre o salário mínimo, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), um dos seus coordenadores da campanha, publicou uma imagem de Bolsonaro com o valor prometido nas redes sociais e foi seguido por aliados.
As duas fontes consideram que o presidente foi bem em expor o que chamam de mentiras do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante o debate. Apesar disso, segundo uma dessas fontes, o presidente novamente não conseguiu falar para além do seu eleitorado fiel no debate.
Bolsonaro e Lula estão empatados nas pesquisas de intenção de voto para a eleição desde domingo (30), algo inédito no Brasil desde a redemocratização.