Imagens externas das câmeras de segurança do Palácio do Planalto mostram que no dia dos atos criminosos, em 8 de janeiro, às 14h55, carros de apoio da polícia deixam uma das vias que dá acesso à Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Homens que formavam uma barreira de escudo na via recuaram enquanto manifestantes estavam a caminho do Palácio do Planalto.
Às 15h01, um primeiro grupo invade com facilidade o estacionamento do Palácio do Planalto. Os invasores pulam uma cerca. Após a invasão, seguranças — na área do estacionamento — formam um cordão de isolamento, mas a vários metros de distância dos invasores, que seguem pelo gramado para a área detrás do palácio. Nesse momento, apenas dois integrantes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) aparecem nas imagens, sem agir.
Às 15h19, militares deixam uma das salas do Gabinete de Segurança Institucional no térreo e seguem para o subsolo do prédio. As imagens registram militares na sala apenas às 16h31.
Minutos depois, invasores chegam à sala. Uma das paredes de vidro também é quebrada por criminosos que estão do lado de fora.
Na entrada principal, um único segurança que estava sentado à mesa deixa o posto e segue para a área leste do palácio com outros militares. A porta principal foi fechada dois minutos após invasores ocuparem o estacionamento.
A tropa de choque se dirigiu para a porta de entrada, mas os invasores quebraram vidros do lado oeste do palácio e conseguiram entrar pela lateral e por detrás.
Em vários momentos, imagens internas das câmeras de segurança mostram invasores e integrantes do GSI circulando no Palácio do Planalto. Um grupo de invasores usa os elevadores, mas os integrantes correm após dois seguranças do GSI irem atrás com um extintor de incêndio.
Em outro trecho das imagens, no entanto, vários integrantes do GSI deixam o segundo andar e entram no elevador. Minutos depois, pode-se ver a presença de invasores no mesmo local. A câmera em poucos minutos é quebrada por um dos criminosos.
Câmeras também registram homens do GSI recolhendo extintores e mastros de bandeira.
A CNN entrou em contato com o Gabinete de Segurança Institucional, no entanto, não obtivemos resposta até o fechamento desta reportagem.