Os gastos de deputados federais com reembolsos de despesas médicas e odontológicos, entre janeiro de 2015 e junho deste ano, foram de acordo com a coluna de Lauro Jardim, de R$ 40,4 milhões, mesmo com a Câmara assegurando a eles, em paralelo, plano de saúde e serviço médico próprio.
Os dados inéditos da Casa foram levantados pela liderança do partido Novo e indicam conforme a coluna, um montante que supera todos os investimentos previstos para este ano na CGU, um dos principais órgãos de combate à corrupção no país.
As despesas também são maiores que os aportes previstos para as construções de novas Unidades Básicas de Saúde e para o investimento no programa Rede Cegonha (voltado para a maternidade). Superam ainda o orçamento das políticas públicas de saúde bucal dos brasileiros.
A análise mostra ainda a concentração de gastos elevados em um seleto grupo de deputados. Os dez políticos que mais gastaram no período somaram um terço dos valores registrados: R$ 12,9 milhões. Jair Bolsonaro, que deixou a Câmara rumo ao Planalto, foi o décimo deputado que mais gastou: foram R$ 435,3 mil entre 2015 e o fim de 2018.
O Novo, cujos filiados não são autorizados a usar o serviço de reembolsos, acionou o TCU para pedir uma auditoria na concessão do benefício. Os parlamentares esperam da Corte uma proposta de correção ou até de extinção dos reembolsos.