Enquanto a equipe econômica emite sinais de que dará prioridade à reforma administrativa na largada no ano, a partir de fevereiro, líderes na Câmara se dizem mais convencidos da urgência da reforma tributária.
Segundo a coluna Painel, a dissonância já foi notada por economistas e gestores, que temem que a falta de definição sobre o que é mais importante faça a economia perder o ritmo. O alerta é que a situação do país não está arrumada –a Previdência foi o primeiro degrau– e a classe política indica que relaxou.
Apesar de pouco atrativa ao meio político, o jornal Folha de SP informa que a medida de maior urgência para analistas econômicos é a PEC Emergencial, que aperta as despesas do governo e assegura a sobrevida do teto de gastos. Sem ela, o teto explode em 2021. Já as reformas tributária e a administrativa não colocam R$ 1 na mão do governo no curto prazo.
O déficit nas contas públicas vai voltar a crescer neste ano e, se nenhuma nova reforma andar no Congresso, as taxas de juros voltarão a subir antes do previsto, e com elas, a dívida.
A trajetória negativa poderia abalar a reta final do mandato de Jair Bolsonaro. A coluna diz que políticos confirmaram que há colegas fazendo este cálculo.
Presidente do MDB, Baleia Rossi (SP) diz que Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) firmaram na última sexta (24) o plano de tentar votar a reforma tributária em abril no plenário da Câmara, dando margem para o Senado concluir a tramitação antes do recesso de julho.
Outros líderes são céticos. Lembram que pautas ficaram represadas em 2019, com a votação da Previdência, e agora os deputados vão priorizar temas fora da economia.e