A Câmara dos Deputados aprovou na noite da última quarta-feira (9) um substitutivo que reconhece as carreiras de juiz, promotor e procurador como atividades de “risco inerente”. A proposta será enviada ao Senado.
O texto amplia e torna mais objetivos os parâmetros para proteção pessoal de magistrados e membros do Ministério Público. Está previsto, por exemplo, que esses profissionais podem requisitar reforço na segurança, escolta, colete balístico, veículo blindado, trabalho remoto e até remoção provisória com direito a reembolso pelos gastos com a mudança.
O projeto também torna os casos de homicídio e lesão corporal dolosa contra magistrados e membros do Ministério Público crimes qualificados, se tiverem relação com o exercício da profissão.
O texto aprovado é um substitutivo do relator, deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA), para o Projeto de Lei 996/15, de autoria do ex-deputado Roman (PR).
“O reconhecimento da atividade de risco do Ministério Público não deve ser celebrado não apenas pelos membros da carreira, mas por toda a sociedade, que passa a contar com mais uma salvaguarda na preservação dos princípios democráticos e do Estado de Direito”, defende o promotor Manoel Murrieta, presidente da Presidente da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp).