A câmara baixa do Parlamento russo aprovou nesta terça-feira (22) conforme a Reuters, tratados de amizade com duas autoproclamadas Repúblicas populares no leste ucraniano, escalando a crise com a Ucrânia e com o Ocidente.
Os tratados, que entrarão em vigor assim que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, sancioná-los, podem abrir caminho para Moscou construir bases militares nas áreas separatistas, adotar uma postura de defesa conjunta e fortalecer a integração econômica.
Na segunda-feira (21), o presidente Vladimir Putin assinou um decreto em que reconhece as regiões separatistas pró-Rússia no território leste da Ucrânia. A atitude legitimou as Repúblicas autoproclamadas de Donetsk e Lugansk, apesar da opinião contrária da comunidade internacional.
“Considero necessário tomar esta decisão, que amadureceu há muito tempo: reconhecer imediatamente a independência da República Popular de Donetsk e da República Popular de Lugansk”, afirmou Putin em discurso.
Além de reconhecer as regiões separatistas, Putin assinou um tratado de amizade e ajuda mútua com os grupos disruptivos e exigiu um cessar imediato das “operações militares” das forças militares ucranianas.
Representantes da União Europeia afirmaram que as ações do líder russo violaram a soberania ucraniana.
“A União Europeia e seus parceiros reagirão com unidade, firmeza e determinação em solidariedade à Ucrânia”, afirmaram o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen.