Sete dos 13 partidos que disputam a Presidência somam mais de R$ 3,6 milhões em “calotes” registrados em cartórios do País.
O jornal O Estado de S. Paulo publicou os 52 protestos que teve acesso e ainda os que estão em aberto (portanto, sem solução ou pagamento) contra diretórios do PT, PSDB, PSOL, MDB, PSL, PPL e Rede.
As cobranças vão de gastos com alimentação, transportes, serviços gráficos e produção de vídeos até contas de luz e multas eleitorais.
São diversos protestos que vão de R$ 75 a R$ 675 mil.
Um deles é o empresário Giovane Favieri, proprietário da Rentalcine, que prestou serviço de produção e distribuição para todo o Estado de fitas com programas de um partido para TV e rádio em 2014. Teve um prejuízo de R$ 42 mil, que protestou em junho do ano seguinte. “Uma situação chata, como qualquer dívida que você tem para receber. Cobrei amigavelmente, mas até certo ponto. Aí precisei abrir o protesto. Foi a primeira vez que tive de fazer isso depois de prestar serviço a um partido. Tentei dialogar, mas fiquei sem respostas.”
Para o cientista político Mauro Macedo Campos, professor da Universidade Estadual do Norte Fluminense, a situação dos débitos pendentes prejudica a já desgastada imagem dos partidos. “Num momento em que a imagem dos partidos já está arranhada, esse tipo de problema, estar com o ‘nome sujo’ na praça, acaba piorando a situação.”