Em junho, a produção industrial da Bahia voltou a cair frente ao mês anterior, no caso, maio (-5,4%). O estado registrou forte queda após ter apresentado resultado positivo na passagem de abril a maio (9,0%), nessa comparação com ajuste sazonal.
O resultado da indústria baiana ficou bem abaixo do registrado no Brasil como um todo (4,1%), e foi o 2º pior índice entre os 15 locais que têm informações para essa comparação, acima apenas da Região Nordeste como um todo (-6,0%). Por outro lado, Rio Grande do Sul (34,9%), Pará (9,7%) e Paraná (3,5%) registraram os maiores aumentos nesse comparativo.
É o que mostram os resultados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, do IBGE.
Já na comparação com junho de 2023, a produção industrial da Bahia cresceu pelo segundo mês seguido (0,5%), embora, com importante desaceleração frente à alta registrada em maio (6,9%), no comparativo com o mesmo mês do ano anterior.
Apesar do aumento, o desempenho da indústria baiana foi inferior ao do país como um todo (3,2%) e o menor crescimento dentre os 11 locais com resultados positivos. Ao todo, há informações para 18 locais nessa comparação.
Os melhores resultados da indústria frente a junho de 2023 foram os de Maranhão (17,3%), Rio Grande do Norte (15,2%) e Mato Grosso do Sul (14,1%). Espírito Santo (-9,6%), Amazonas (-5,7%) e Mato Grosso (-3,1%) tiveram as maiores retrações.
Com isso, no acumulado no primeiro semestre de 2024, frente ao mesmo período no anterior, a indústria da Bahia acumula aumento de 2,4% na produção. O resultado é bem próximo ao registrado no país como um todo (2,6%) e é o 10º crescimento entre os 18 locais, 16 dos quais mostram altas nesse acumulado.
Rio Grande do Norte (22,9%), Goiás (7,6%) e Ceará (7,3%) apresentam os maiores crescimento da produção industrial no primeiro semestre; Rio Grande do Sul (-1,0%) e a Região Nordeste (-0,4%) foram os únicos locais a registrar queda.
Nos 12 meses encerrados em junho, a produção industrial baiana também apresenta crescimento (1,1%), porém abaixo do verificado nacionalmente (1,5%), sendo somente o 13º melhor resultado entre os 18 locais pesquisados.
A tabela a seguir mostra as variações da produção industrial brasileira e regional em junho de 2024.
No 1º semestre, crescimento da indústria baiana foi puxado pelo refino de petróleo (4,3%)
A alta na produção industrial da Bahia no primeiro semestre de 2024 frente ao mesmo período no ano anterior (2,4%) ocorreu por conta dos crescimentos tanto da indústria extrativa (11,7%), quanto da indústria de transformação (1,9%), que contou com resultados positivos em 7 das 10 atividades investigadas no estado.
Apesar de ter registrado somente a 5ª maior alta no período, a fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (4,3%) foi o segmento que mais contribuiu para o resultado positivo da indústria baiana em geral, pelo fato de ter o maior peso na estrutura do setor no estado, respondendo por quase 1/3 do valor industrial gerado da Bahia.
A fabricação de produtos de borracha e material plástico (8,3%) apresentou a 2ª maior alta entre os segmentos investigados e deu a 2ª maior contribuição para a alta da indústria baiana no primeiro semestre.
A atividade com o maior crescimento no período foi a fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (16,9%), que conta com um peso menor na composição da indústria do estado.
Por outro lado, dentre as 3 atividades investigadas com resultados negativos, a metalurgia (-22,6%) teve a maior retração e foi a que mais segurou o crescimento geral da indústria baiana no primeiro semestre, seguida pela fabricação de produtos de minerais não metálicos (-9,8%).