No Oeste da Bahia, existe um forte componente de integração entre o homem, o ambiente e a tecnologia, que sustenta a história de sucesso do café na região. O café produzido na região delimitada, ao longo dos anos, adquiriu notoriedade, tendo sido exportado para vários países e conquistado diversos prêmios nacionais e internacionais.
Cafés da espécie ‘Arábica’ são cultivados em áreas acima de 700 metros de altitude em relação ao nível do mar na área demarcada, obtidos por meio de colheita mecanizada ou manual no pano. O catuaí vermelho é a variedade mais cultivada na região Oeste da Bahia.
Os cafés da Indicação de ‘Procedência Oeste da Bahia’ devem obter nota mínima de 75 (setenta e cinco) pontos, caracterizados por bebida com corpo acentuado, acidez positiva, leve doçura, sabor agradavelmente frutado, gosto remanescente prolongado e aroma floral com boa densidade, conforme metodologia SCAA (Associação Americana de Cafés Especiais).
Os produtores de café do Oeste da Bahia devem demonstrar o atendimento a um conjunto de requisitos relativos à rastreabilidade e segurança alimentar, responsabilidade social e responsabilidade ambiental na produção.
Para impulsionar o setor, a região conta com a atuação dos mais importantes fornecedores de máquinas e insumos, agentes financeiros, grandes exportadores estimulados pela presença do porto de Salvador a 900 km, juntamente com a organização setorial.
Esta dinâmica e moderna produção encontra-se aliada a preservação e monitoramento ambiental. As áreas produtivas encontram-se integradas às áreas de preservação ambiental, mantendo a flora e fauna local. Áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente são respeitadas nas fazendas, juntamente com o constante monitoramento do uso da água pelos Órgãos Ambientais competentes.
O café é reconhecido pelo seu sabor agradável, com aroma levemente frutado e floral, com excelente doçura e boa acidez.
Território
A área demarcada da Indicação de Procedência Oeste da Bahia abrange os terrenos com altitudes a partir de 700 metros, dos seguintes municípios: Formosa do Rio Preto, Santa Rita de Cássia, Riachão das Neves, Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, São Desidério, Catolândia, Baianópolis, Correntina, Jaborandi e Cocos.
Na região Oeste da Bahia, além do bioma cerrado, favorecem o cultivo cafeeiro o relevo formado por chapadas, encostas e vales, além dos solos profundos e diversificados. A região possui ainda boa disponibilidade hídrica, possuindo excelentes condições para a cafeicultura irrigada.
O café produzido no Oeste da Bahia é reconhecido pelo sabor agradável, com boa fragrância e aroma levemente frutado e floral, com excelente doçura e boa acidez. Esse é produzido sob condições de temperaturas médias que variam entre 22 e 26 °C, não havendo riscos de geadas, nem interrupções no desenvolvimento do cafezal durante o ano pela pouca variação na temperatura.
A pluviosidade média com cerca 1.600 mm está distribuída entre os meses de outubro e abril. No período seco, a compensação ocorre pela irrigação, a qual conta com grande disponibilidade de água subterrânea ou de superfície, de um dos maiores aquíferos do Brasil, o Urucuia. Este período seco gera grande contribuição para as operações de colheita e pós-colheita, pois não conta com chuvas.
Com luminosidade de aproximadamente 3.000 horas por ano e altitudes médias de 800 metros, são condições favoráveis para o bom desenvolvimento do café arábica. O relevo plano, típico do cerrado, tem permitido alta tecnificação em todas as fases do processo de produção. Estas condições, somadas ao perfil empresarial dos cafeicultores oriundos de regiões tradicionais de cultivo de café no Brasil, possibilitam a criação do cenário ora encontrado é muito promissor.