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terça-feira 11 de fevereiro de 2025 às 15:40h

Café acumula inflação de 50% em 12 meses; veja itens com as maiores altas de preço

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Com uma alta de 50,35%, o café moído é um dos itens que mais encareceram nos últimos 12 meses. Os dados foram extraídos do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, cujo avanço acumulado no mesmo período chegou a 4,56% conforme divulgado pelo IBGE nesta terça-feira, 11.

O índice apresentou em janeiro uma alta relativamente baixa, a menor desde agosto de 2024, quando houve deflação de 0,02%. O grupo Alimentação e bebidas teve no entanto seu quinto aumento consecutivo (0,96%).]

Veja os alimentos com maiores altas em 12 meses:

# Alimentos Variação em 12 meses (%)
1 Abacate 68,77
2 Tangerina 68,56
3 Laranja-Lima 59,56
4 Café Moído 50,35
5 Abobrinha 47,47
6 Peixe-Peroá 36,66
7 Laranja-Pera 34,52
8 Alho 31,93
9 Limão 30,48
10 27,29
11 Acém 25,98
12 Patinho 25,28
13 Óleo De Soja 24,55
14 Lagarto Comum 23,21
15 Filé-Mignon 22,46
16 Cigarro 22,07
17 Peito 21,98
18 Costela 21,78
19 Etanol 21,59
20 Joia 20,95
21 Contrafilé 20,61
22 Alcatra 20,49
23 Músculo 19,86
24 Chã De Dentro 19,61
25 Carne De Porco 18,92
26 Açaí (Emulsão) 18,76
27 Capa De Filé 18,48
28 Azeite De Oliva 17,24
29 Leite Longa Vida 16,19
30 Lagarto Redondo 15,88

É importante destacar que os bens e serviços monitorados exercem pesos diferentes sobre o IPCA, conforme uma metodologia de ponderação definida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Assim, os itens com maiores altas nos preços não necessariamente apresentaram a maior pressão sobre o índice geral.

Inflação desacelera, mas ainda fora da meta

A alta acumulada em 12 meses até janeiro — de 4,56% contra 4,83% no fechamento de 2024 — representa um desaceleramento do avanço da inflação. O resultado está em linha com as previsões do mercado, mas ainda acima do teto da meta do Banco Central.

O centro da meta para 2025 é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Segundo pesquisa Focus divulgada na véspera pelo BC, a expectativa atual do mercado para o IPCA é de alta de 5,58% ao fim deste ano, no que foi a 17ª semana consecutiva de aumento na previsão.

Economista-chefe da Monte Bravo, Luciano Costa destaca que o índice foi beneficiado pelo desconto de energia elétrica devido ao bônus de Itaipu e a menor pressão de móveis, eletrodomésticos e vestuário. Sobre os alimentos, ele afirma que a alta “arrefeceu na margem, mas segue bastante pressionada”. O setor de serviços também segue muito pressionado.

“O balanço de riscos assimétrico, aliado à fragilização da âncora fiscal, continua demandando uma postura firme do Banco Central”, segue Costa. “Isso reforça a sinalização de manutenção do ritmo de alta de 100 pontos-base na reunião de março.”

A estimativa da Monte Bravo é de que a taxa básica de juros, a Selic, chegue a 14,75% no final do ano. O Boletim Focus, publicação do Banco Central que reúne a média das previsões do mercado, projeta 15% no final do ano. Os juros são o instrumento da política monetária para tentar controlar a inflação.

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