Caciques do União Brasil avaliam de acordo com a coluna Painel, da Folha de São Paulo, que se fosse analisada hoje, a federação com o PP não teria os 60% de votos necessários na Executiva para ser formalizada.
Lideranças do partido têm se articulado contra o movimento por entenderem que seria uma estrutura inchada em demasia e que seria difícil abrigar mais um partido sem ainda ter digerido de fato a junção do DEM com o PSL, que deu origem ao partido no ano passado.
Além disso, estaria havendo objeção frontal do senador Davi Alcolumbre (AP), hoje um dos principais interlocutores do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Caso a federação se concretize, o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI) é o preferido para assumir o comando da nova estrutura. O posto poderia lhe dar destaque e atrapalhar os planos de Alcolumbre de suceder Rodrigo Pacheco (PSD-MG) no comando da Casa Legislativa.
No sentido oposto, Elmar Nascimento (BA) tem sido um dos maiores entusiastas da federação dentro da União. Aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pretende se cacifar para sucedê-lo, dizem aliados.
Já o presidente da legenda, Luciano Bivar (PE), não tem feito objeções formais, mas tem imposto condições que podem inviabilizar o acordo. Nesta semana, por exemplo, enviou mensagem aos correligionários afirmando não abrir mão de ser o presidente da nova estrutura.