Conforme entrevista aos jornalistas Gabriel Lopes e Leonardo Almeida, do Bahia Notícias, o secretário e ex-deputado federal Cacá Leão (PP) falou sobre sua forte ligação com Lauro de Freitas, principalmente por conta de seu pai, João Leão (PP), que foi prefeito do município entre 1989 e 1993 e considerado o gestor que mais desenvolveu a cidade.
Recém chegado na Secretaria de Governo na gestão de Bruno Reis (União Brasil), Cacá Leão tem participado das discussões para lançar nomes na disputa municipal nas eleições de 2024, a fim de fazer um embate com o PT, grupo político que atualmente comanda a prefeitura.
Entre os que têm se colocado à disposição, a ex-deputada estadual e ex-vereadora de Lauro de Freitas, Mirela Macedo (União), figura entre os principais nomes para o pleito. Porém, de acordo com Cacá Leão, as discussões também incluem o secretário de Saúde e vereador licenciado, Augusto César (PL), e o titular da pasta de Desenvolvimento Social e Cidadania, o edil licenciado Tito Coelho (PP).
“Nós estamos conversando. Eu estive com a ex deputada Mirela Macedo, nós conversamos um pouco sobre Lauro de Freitas, sobre a Bahia. Já participei de algumas reuniões com alguns pré-candidatos a prefeito da cidade de Lauro de Freitas. A gente tem, por exemplo, colocado dois vereadores que são o vereador César, que é secretário de Saúde do município, o vereador Tito que é secretário de Ação Social do município. Eles também desejam e querem participar dessa discussão como candidato a prefeito da cidade”, afirmou.
Apesar do forte vínculo com Lauro, Cacá Leão descartou ser candidato a qualquer cargo para 2024, inclusive ao de vice-prefeito de Salvador, que chegou a ser ventilado nos bastidores. “Eu não sou pré-candidato e não serei candidato a nada. Não está nos meus planos participar efetivamente como candidato a nada nas eleições de 2024, nem em Salvador, nem em Lauro de Freitas, nem em nenhuma outra cidade do Brasil”, disse Cacá.
Como é que tem sido esse processo de transição, você passou dois mandatos na Câmara dos Deputados, ano passado aceitou esse desafio do Senado, não deu certo e agora está como secretário de governo de Bruno Reis (União). Como é que tem sido essa transição?
Já me acostumei. Vou fazer agora 30 dias na secretaria. Tive um ano de 2022 muito intenso, estava programado e pronto para ser candidato à reeleição para deputado federal e de repente surgiu o desafio da candidatura ao Senado. Aceitei, não me arrependo de maneira nenhuma. Se tivesse que fazer, faria tudo de novo. Fui muito feliz no processo. Foi muito satisfatório poder fazer essa caminhada ao lado de ACM Neto. Acho que cresci e aprendi muito durante todo esse trajeto. Agora no dia 31 de janeiro, tive a oportunidade de encerrar um ciclo em Brasília de 8 anos de mandato, um mandato conhecido e destacado por todos que tiveram a oportunidade de acompanhar durante os oito anos que tive em Brasília sempre estive presente na relação dos parlamentares mais influentes do país, ocupei impostos dentro do Congresso Nacional que nunca foram ocupados por baianos ou até por deputados da minha idade.Eu fui o mais jovem relator do orçamento da União de toda a história. Fui líder da minha bancada, presidi comissão, então pude caminhar por todos os corredores e caminhos do Congresso. No mês de janeiro, eu recebi um convite nessa missão desafio do prefeito Bruno Reis, que muito honrou. Pensei bastante antes de aceitar, conversamos muito. Foi um processo de decisão bastante longo. Ele me deu a oportunidade de pensar, me colocou, me ponderou algumas coisas, eu tive a oportunidade de ouvir, de conversar com diversos amigos até tomar essa decisão. Tive outros convites de Brasília, tive convites da iniciativa privada, mas no final o meu coração me trouxe para gestão do prefeito Bruno Reis para ocupar a Secretaria de Governo, onde eu estou muito feliz. Estou muito animado com o que vivi nesses últimos 28 dias. Nesses 28 dias a receptividade que tive de todos, dos membros do Governo da Câmara de Vereadores, de todos os vereadores. É uma relação que eu já construí através do mandato parlamentar e agora eu tô tendo oportunidade de colocar em prática e até viver o outro lado da moeda. Para mim tem sido um prazer estar ao lado do prefeito Bruno Reis, que acabou de fazer o melhor Carnaval de todos os tempos, o mundo parou para assistir Salvador.
A mudança de circuito, esse debate, qual é a sua opinião pessoal sobre isso? Bruno Reis jogou pra frente agora, dizendo que resgatando esse Carnaval do Centro dá uma esfriada nas conversas para ter um novo circuito lá na Boca do Rio. Como é que você avalia?
Na verdade, houve sempre, principalmente nesses últimos anos e nesses dois anos que não houve Carnaval, uma discussão muito forte por causa do estrangulamento que acabou tendo no circuito Barra-Ondina, né? Mas acho que o retorno do Campo Grande, o sucesso que foi o retorno à história do Campo Grande, inclusive desafogou. A gente já tem e o prefeito colocou ontem numa reunião alguns números da mobilidade urbana, do transporte de passageiros, que esse ano foi muito mais equilibrado entre todos os circuitos, também a presença do Carnaval dos bairros acontecendo no mesmo momento, desafogou o circuito Barra-Ondina. Então ele já colocou que essa é uma proposta que vai ficar um pouco mais pra frente. Vamos ouvir a sociedade, é assim que o prefeito Bruno Reis tem feito e tem colocado as suas decisões, ouvindo e discutindo, entendendo qual é a percepção das pessoas que vivem a cidade de Salvador e que vivem o nosso Carnaval.
Retomando a Câmara, você falou que recebeu alguns convites de Brasília também, o que foi que pesou? Você falou no coração, mas assim, na sua avaliação dos próximos passos de política, o que foi que pesou para ficar em Salvador e não em Brasília?
Olha como falei, eu conversei com muita gente. Escolhi algumas pessoas para ouvir, para conversar durante esse processo e para tomar essa decisão. Uma dessas pessoas foi o ex-deputado, ex-prefeito de Lauro de Freitas, ex-senador Roberto Muniz, que me disse uma frase que ficou na minha cabeça durante todo esse processo de discussão, ele disse: “Cacá, Brasília você já conhece e as pessoas já lhe conhecem, não é um período de tempo que você vai fazer ou passar afastado que você vai ser esquecido. Então, eu se fosse você avaliaria uma oportunidade nova de estar presente do outro lado da máquina do governo, conhecer uma gestão que é uma gestão eficiente como é a gestão de Bruno por dentro”. Foi uma das frases que me tocaram realmente e que me encaminharam pra decisão que acabei tomando de aceitar o convite do prefeito Bruno. Foi realmente a oportunidade e a possibilidade de viver um outro modelo de política um outro formato que eu nunca tinha tido, eu tinha tido uma presença muito rápida no Executivo, logo no início da minha carreira política. Depois fui para o Parlamento, fui deputado estadual duas vezes, deputado federal, então foram 12 anos no Parlamento e agora estou tendo a vivência do executivo.
Qual foi o pedido de Bruno Reis para você assumir a Secretaria de Governo? E qual é a função da pasta?
A Secretaria de Governo é quem faz a relação do governo, das demais secretarias, com as demandas da política, da Câmara de Vereadores têm uma relação efetiva e afetiva com os vereadores. Já conversei inclusive com praticamente todos os 43 vereadores de Salvador, da base e da oposição. Já estive com a líder da oposição, também me colocando à disposição para discutir as matérias que vão ser enviadas pelo Executivo. Tenho uma parceria muito grande com o presidente da Casa, Carlos Muniz, com o líder do governo, o vereador Kiki Bispo. Então a Secretaria de Governo a gente vai aí fazer essa interface entre as demandas da política entre as demandas da gestão para com a gestão para com a gestão. Então essa é a principal função da Secretaria de governo e tem tido essa oportunidade.
Bruno tem dito que ainda não tem projeto previsto para mandar esse ano, e isso causa uma certa estranheza. Em uma cidade como Salvador não é possível que não tenha nada acontecendo que demande que o Executivo envie um projeto para apreciação da Câmara. Não tem nada no radar de vocês mesmo para mandar à Câmara nesse momento? Nenhum projeto importante que vai beneficiar a população nesse momento?
Olha, a gente está fazendo essa discussão, inclusive o prefeito está discutindo fazendo reuniões com a gestão fazendo algumas avaliações. Nós reestruturamos e restabelecemos uma boa relação, com a presidência da Câmara, com o presidente Carlos Muniz. A gente tem dialogado bastante e se tiverem projetos é algo que são a definição que quem decide é o prefeito. Eu não acredito que a gente tenha nenhum tipo de dificuldade de diálogo, a gente tem uma base ampla na Câmara e como eu falei temos hoje uma excelente relação com o presidente Carlos Muniz e com toda a Mesa Diretora da Câmara de Vereadores.
Se tudo correr como está previsto, você estará até o final de 2024 nessa função de secretário de Governo de Bruno, mas quais são as suas perspectivas de futuro? Os próximos passos de Cacá dentro da política, essa vinda pra Salvador agora nessa gestão passa por uma construção para você, talvez vice de Bruno ou se lançar prefeito lá em Lauro, que já foi reduto de João Leão. Como é que tá esse futuro?
Na verdade, eu não tenho nenhum tipo de plano eleitoral para 2024. Quando eu vim e aceitei o convite foi para estar na gestão para participar para ajudar, até o final ou até quando o prefeito quiser. Não está nos meus planos participar efetivamente como candidato a nada nas eleições de 2024, nem em Salvador, nem em Lauro de Freitas, nem em nenhuma outra cidade do Brasil. Eu quero poder ajudar meus amigos, participar e ajudar na construção da reeleição. Apesar de que o prefeito tem dito que só vai tratar desse assunto no ano que vem, que é realmente o ano que tem que ser tratado. Esse ano é um ano de gestão é um ano de plantar, mas a minha ideia não é participar efetivamente como candidato a nada nas eleições de 2024. Após as eleições de 2024 voltar as minhas atenções para as eleições de 2026 e decidir se vou caminhar para uma candidatura. Meu desejo é de, óbvio, disputar novamente uma eleição majoritária, seja como candidato a senador, como candidato a governador, a vice-governador ou se poderia disputar uma vaga na Assembleia ou na Câmara dos Deputados, mas é uma decisão que vai ficar para depois das eleições de 2024.
Ano que vem, caso chegue um convite prefeito, por exemplo, está aberto ao diálogo ou é negativa de cara?
Não passou pela minha cabeça e acho que não tem essa condição. O prefeito tem direito à reeleição. A vice-prefeita Ana Paula tem uma capacidade de trabalho muito grande, eu fico impressionado às vezes com a capacidade de trabalho da vice-prefeita. Eu particularmente aposto e acredito na continuidade. Faço parte do time que diz que o que está dando certo não deve ser mexido, então eu sou um defensor da continuidade de Bruno Reis e Ana Paula.
Mirella Macedo (União) está deixando a Assembleia e não esconde a vontade de disputar a candidatura em Lauro de Freitas que é um reduto dela. Ela falou que o seu nome e o nome do seu pai, João Leão, são fundamentais para construir um diálogo e lançar uma candidatura unificada. É do seu desejo chamar a Mirella para conversar e lançar uma candidatura unificada em Lauro de Freitas?
Olha, nós estamos conversando. Inclusive ontem eu estive com a ex-deputada Mirela Macedo, nós começamos um pouco sobre Lauro de Freitas sobre a Bahia. Já participei de algumas reuniões com alguns pré-candidatos a prefeito da cidade de Lauro de Freitas. Na eleição passada o meu grupo político optou por apoiar a reeleição da prefeita da atual Moema Gramacho, mas vivemos hoje um outro momento. O partido está colocado em um outro grupo político, meu partido tem algumas figuras e algumas pessoas é que desejam também ser candidatos a prefeito da cidade de Lauro de Freitas. A gente tem, por exemplo, colocado dois vereadores que são o vereador César, que é secretário de Saúde do município, o vereador Tito que é secretário de Ação Social do município. Eles também desejam e querem participar dessa discussão como candidato a prefeito da cidade. O objetivo é a gente conseguir o máximo de pessoas, vamos continuar dialogando e conversando. Afinal esse ano é para isso, é um ano de plantação e no ano que vem a gente vai tomar as decisões, o partido vai tomar as decisões que melhor lhe servem. A deputada Mirella Macedo também é um grande nome, como a vereadora Débora Régis, o Teobaldo que foi o candidato a prefeito, o próprio Mateus Reis que também já foi candidato a prefeito, e hoje temos Gustavo Ferraz, temos diversos nomes colocados na cidade que estão pleiteando. Eu não sou pré-candidato e não serei candidato a nada, nem eu nem João Leão, já coloquei para eles essa questão e essa condição. Então isso acaba ficando até mais fácil de poder ajudar na construção.
Depois desse processo eleitoral, falando especificamente do seu partido, o PP, a gente ficou sabendo que a executiva Municipal ficaria com você nessa decisão e para Estadual com a saída de Leão agora em abril, ia ter uma outra deliberação entre as principais figuras. Como é que tá isso hoje? Como está o andamento disso Cacá? Vai mesmo assumir o PP Municipal?
Em março de 2022, nós tomamos a decisão de nos afastarmos do grupo que governava a Bahia, e que continua até governando. Foi uma decisão onde ela foi homologada pelas suas executivas e provada por praticamente a unanimidade de todos que estavam ali presentes. Respeitamos os que não quiseram estar e os que também não quiseram vir. Acho que essa é uma marca do nosso partido, é uma marca do Progressistas que respeitou a decisão de todos, de todas as lideranças de prefeitos, de vereadores, de deputados que estavam no partido e que continuam no partido. A gente tem visto nossa bancada de deputados estaduais num caminho de retorno a a base do governo, eu respeito a decisão e não concordo, tenho externalizado isso em todas as falas que tenho feito. No momento que o partido tomar a decisão de reunir a sua executiva para que aconteçam as decisões partidárias de retorno ou não da base do governo, eu espero que aconteça comigo. Se eu for minoria, a mesma coisa que aconteceu em 2022, que seja respeitada também a vontade da minoria de não retornar. Eu particularmente defendo que a gente continue, e eu vou continuar independente da decisão de partido ou não, no lugar onde as urnas nos colocaram me colocaram que de oposição. Então esse é um sentimento que a gente tem um compromisso firmado e colocado, afinal também precisamos respeitar a bancada que tem na Câmara de Vereadores. Tenho me reunido diversas vezes com os nossos seis vereadores que estão na Câmara. Eles desejam estar na base do prefeito Bruno Reis, querem que o partido esteja na coligação que vai ser encabeçada pelo prefeito nas eleições de 2024. Não está no meu radar essa questão de presidir o diretório municipal. Eu sou um cara muito do diálogo, do desejo e da vontade, eu acho que essa é uma decisão que vai ser tomada pelos vereadores, pelos componentes do partido. A gente tem outras pessoas interessadas, também em Salvador, de se filiarem e virem ao Progressistas, e no momento oportuno a gente vai ter a oportunidade de fazer essa discussão. Se vai haver uma alternância na presidência do diretório municipal ou não, afinal o presidente que está no diretório municipal é um cara muito trabalhador e tem feito um bom papel que é Joca Soares. A gente tem outro porém também, que tá em discussão, que é a questão da Federação com o União Brasil. Isso está bastante adiantado, os diálogos e as conversas estão acontecendo.Todas as notícias que eu tenho de Brasília é que as negociações estão bastante adiantadas, então é uma coisa que vai acabar também fluindo nesse processo lá na frente.
ACM Neto lideraria esse processo da federação aqui na Bahia?
Eu não participei ainda dessas discussões, mas parece que o critério que eles estão utilizando é o tamanho do partido nos estados. Aqui na Bahia o União Brasil tem mais deputados federais do que o PP, como também tem mais de deputados estaduais. Então se o critério for esse, provavelmente, o União Brasil terá a presidência, mas todas as decisões serão feitas de forma colegiada e respeitando também a decisão final dos partidos. É um caminho que a gente ainda vai ter que esperar para ver como é que vai ficar, mas eu não tenho nenhum tipo de deliberação, assim ,com quem é que vai ficar ou não. Se for esse o desejo da maioria eu vou fazer coro por causa da relação pessoal que tenho com o ex-prefeito de Salvador, o nosso candidato a governador.
A gente tem nos bastidores que Cláudio Cajado, importante liderança do partido de vocês, e o próprio Bruno Reis tem uma preferência pelo nome do vereador Átila do Congo (Patriota). Existem essas tratativas para trazer ele ao partido para assumir a presidência municipal?
Átila é uma grande figura, é uma pessoa que eu conheço desde antes de ele entrar na política. Ainda temos diversos amigos.Acho que ele é um player importante, se ele vier, e se for o desejo dele, ele será muito bem recebido no PP e vai poder participar dessa discussão no meio de todos também. Se ele for o escolhido para presidir o partido eu estarei nas minhas fileiras para bater palma.É uma pessoa por quem eu tenho um carinho muito grande, acompanhei, inclusive, todo o processo eleitoral dele de perto. O deputado Cláudio Cajado é um grande companheiro, foi o presidente do nosso partido nesse último ano, durante as eleições estaduais, enquanto o presidente Ciro Nogueira estava afastado na função de ministro da Casa Civil, e com certeza tem muita força. Agora com certeza é um player e é um excelente nome.
Depois do processo eleitoral, muito se falou que João Leão acabou perdendo força no comando do PP. Você acha que é realmente o momento de mudar o comando do PP na Bahia? E você tem alguma preferência para a sucessão?
Eu defendo isso há bastante tempo, até como filho mesmo. Ele acabou de fazer 77 anos de idade e tem um mandato de deputado federal para tocar. Sei que não é fácil, avião toda semana para o Brasília. Então, quando você é presidente de um partido, você acaba tendo também obrigações partidárias que lhe exigem além da função de mandato parlamentar. A função de presidente de partido é muito mais ampla a nível de estado do que um mandato parlamentar. Então já tem um tempo que eu defendo essa oxigenação e esse rodízio, o próprio de um Leão já tem colocado à disposição, dos demais colegas, dos demais membros do partido essa questão da sucessão e a gente está conversando. Às vezes é muito mais difícil você construir um consenso do que disputar uma eleição, mas no final o consenso é muito melhor, muito mais agradável e muito mais bonito. Então eu sempre defendi, tenho defendido desde sempre essa renovação e a gente tem aí nos outros colegas que estão pleiteando excelentes nomes que todos têm condição de ocupar a presidência, mas não acho justo eu colocar a minha preferência ou eu deliberar a minha preferência porque primeiro são todos amigos são todos colegas. Quando você se posiciona, você acaba inclusive perdendo a condição até de atuar na construção desse consenso. Fica difícil colocar a preferência quando você está no meio de amigos, o Progressistas é uma grande família.
A gente também tem acompanhado essas discussões na Assembleia para o TCM. Essa vaga é de prerrogativa de indicação da AL-BA. Como é que você tem visto as discussões? Eu queria que você comentasse também o nome dos dois candidatos que estão colocados, da Aline Peixoto e do Tom Araújo.
Primeiro eu respeito as duas candidaturas. Tom é um querido amigo, um ex-parlamentar de sucesso, foi prefeito da cidade de Conceição do Coité, passou por um momento difícil na sua vida no último ano não disputou a reeleição e colocou o seu nome à disposição desse processo e desse projeto e tem dialogado e tem conversado com os colegas. A primeira-dama também é uma pessoa que eu tive a oportunidade de conviver, não é porque a gente tá em lados opostos da política que as pessoas de lados adversários se tornam inimigos, eu não faço política nesse formato. Mas eu, assim como o senador Jaques Wagner, também defendo a prerrogativa do Parlamento. Se essa vaga fosse uma indicação do governo, eu não viria nenhum tipo de problema é, mas como uma vaga do Parlamento de indicação dos parlamentares, eu acho justo e seja um ex-parlamentar, um ex-deputado, uma ex-deputada, que se possa fazer essa condição e essa inscrição para que possa fazer esse diálogo. Mas é uma decisão dos deputados estaduais, é uma decisão da Assembleia, tá mais perto do que longe, as sabatinas já estão marcadas e já vão acontecer. Essa votação deve ser levada a plenário na última semana, mas eu defendo a tese que foi colocada pelo ex-governador senador Jaques Wagner que é a questão da indicação de que já que a vaga da Assembleia fosse feita para um parlamentar ou uma parlamentar. Nesse caso, o Tom Araújo se encaixa nessa nessa condição. Então é isso que eu tenho visto é o que eu tenho acompanhado das discussões para o Tribunal de Contas dos Municípios.