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Alexandre Baldy é presidente do Conselho da BYD Brasil e da Agehab | Foto: Divulgação
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sábado 18 de maio de 2024 às 16:00h

BYD vê Brasil como principal mercado fora da China entre os ‘tops’ do país até 2028

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A montadora BYD vem construindo o seu caminho no Brasil com metas ambiciosas. Importando modelos da China para o Brasil desde o final de 2021, a empresa assumiu, no mês de abril, a nona colocação em número de carros vendidos no país com 6.965 unidades vendidas. Agora, com a fábrica na cidade de Camaçari, Bahia, adquirida da Ford, os chineses querem se tornar a terceira maior montadora em vendas do país até 2028.

Para alcançar esse número, a montadora precisa vender 350 mil carros por ano.

“Internamente nós temos duas etapas na produção em Camaçari. Na primeira, fabricar 150 mil carros. Em um segundo momento, subir para 300 mil. A produção já começa no final do ano para até o meio do ano ela estar 100% consolidada”, afirma Alexandre Baldi, conselheiro especial da BYD do Brasil.

Em entrevista à IstoÉ Dinheiro ela também afirmou que a empresa lançará mais três modelos no Brasil esse ano: a BYD Shark, um SUV e um sedã.

A empresa anunciou, em março, que pretende investir R$ 5,5 bi no Brasil “em um curto espaço de tempo”.

Nova picape aposta no agro conectado

Nesta semana, a empresa lançou sua primeira picape híbrida, a BYD Shark. O primeiro lançamento mundial da montadora fora da China aconteceu na Cidade do México, mas, para a companhia, a fábrica no Brasil será uma espécie de centro que abastecerá toda a América.

Vendo o Brasil como principal mercado fora da China, a montadora quer conquistar um público consumidor focado no agro para alavancar as vendas da picape, que chega ao país ainda este ano, com a expectativa de início de sua produção por aqui no meio de 2025.

Com o seu veículo mais vendido, o Dolphin Mini, sendo um produto focado no mercado urbano, o diretor de vendas da empresa, Henrique Antunes, aposta em um agronegócio cada vez mais conectado para convencer esse público das vantagens do carro híbrido.

“Quem olha para o agro dessa forma não conhece a realidade. Hoje a gente tem um agro cada vez mais conectado e tecnológico, que usa máquinas guiadas por GPS que trabalham sozinhas, drones para jogar fertilizantes na plantações. Então esse é o agro brasileiro, que está sedento por tecnologia e os avanços do BYD Shark podem ser muito importantes pra isso”, acredita.

De acordo com o Censo Agropecuário do IBGE, o número de pessoas com acesso a internet no meio rural subiu de 32% para 78% entre 2016 e 2022.

O preço do Shark no Brasil ainda não foi anunciado. No México, primeiro mercado em que ele foi lançado, os modelos custam entre 899.980 pesos mexicanos (versão GL) e 969.800 pesos mexicanos (GS), ou R$ 274.313 e R$ 295.595, respectivamente, em conversão direta. Por enquanto, ela só é fabricada na China, as as expectativas são de que em 2025 a produção no Brasil já comece.

Pesquisas de motor híbrido com etanol

Em matéria de energia renovável, o Brasil já desenvolveu, desde a década de 1980, o etanol feito a partir da cana de açúcar. Hoje mais de 90% dos veículos vendidos no país possuem motores flex e podem andar tanto com gasolina quanto com etanol.

De olho no combustível brasileiro, Baldi confirma que há pesquisas para o desenvolvimento de motores híbridos que também aceitem etanol. Apesar de não confirmar data para algum projeto protótipo, afirmou que a equipe de engenharia da companhia já trabalha no desenvolvimento dessa alternativa

“Estamos desenvolvendo uma tecnologia específica para o Brasil para que a gente possa usar o etanol com a tecnologia local e ainda buscando ir além. A nossa pesquisa é para que a gente consiga nesse estudo uma possibilidade de compensar a perda de performance do etanol comparando com a gasolina com a ajuda do motor elétrico para eliminar a diferenciação de 30% de custo etanol na competitividade com a gasolina”, afirmou.

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