Segundo a coluna de Jairo Costa Júnior, no jornal Correio, ao menos R$ 50 bilhões de investimentos em projetos de geração de energia previstos para o estado, a imensa maioria eólica, estão parados à espera de solução sobre questões fundiárias e pedidos de licenciamento ambiental emperrados. Segundo apurou o colunista da Satélite, apenas a Casa dos Ventos, gigante nacional em energia obtida a partir de fontes renováveis, tem aproximadamente R$ 30 bilhões por falta de andamento nos processos de regularização fundiária a cargo da Superintendência de Desenvolvimento Agrária (SDA), órgão do governo estadual voltado a solucionar conflitos relativos à posse de terras e políticas de reforma agrária na Bahia. Cerca de 90% dos projetos da Casa dos Ventos para o estado são de energia eólica e o restante, solar.
Reservadamente, executivos que representam companhias do setor energético com negócios engatilhados no estado se queixam da falta de empenho do governo baiano em atuar como facilitador para resolver entraves e impulsionar projetos paralisados. Algo que era feito até 2014, mas foi deixado gradativamente para trás.
Desde 2022, os investidores vêm tentando convencer o Palácio de Ondina a retomar o modelo responsável por alavancar a implantação de usinas de energia eólica no interior e colocar a Bahia como grande player neste segmento. Ou seja, firmar parceria junto a instituições com capilaridade para vencer a burocracia fundiária e ambiental sob o guarda-chuva da SDA e do Inema, respectivamente. No passado, a missão coube, com relativo sucesso, à Fundação José Silveira. Atualmente, a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) se mostrou disposta a cobrir a lacuna e ajudar a atingir a meta de 750 mil empregos diretos e indiretos projetados pela Aneel até 2030, mas sequer foi ouvida.