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A Bugatti revelou neste sábado (20) o que a montadora francesa espera que seja o conversível mais rápido do mundo. O W16 Mistral de 1.600 cavalos de potência e US$ 5 milhões é, essencialmente, uma versão aberta do supercarro Bugatti Chiron, embora existam grandes diferenças de design.
É também o último carro a gasolina da Bugatti. Os modelos futuros serão híbridos. Apenas 99 Mistrals serão feitos e todos eles já foram vendidos antes mesmo do carro ser apresentado ao público na sexta-feira em Carmel, Califórnia, de acordo com Bugatti.
“Só pode haver um objetivo em mente: tornar-se o roadster mais rápido do mundo mais uma vez”, disse a empresa em seu anúncio.
A Bugatti não disse qual pode ser a velocidade máxima esperada do Mistral. A última vez que a Bugatti poderia reivindicar ter o conversível mais rápido do mundo foi em 2013, quando um cabriolet Bugatti Veyron Grand Sport Vitesse percorreu 254 milhas por hora na pista de testes da Volkswagen na Alemanha.
O atual recorde de velocidade máxima para conversíveis é reivindicado pelo Hennessey Venom F5 Roadster fabricado pela Hennessey Performance Engineering do Texas. Aquele carro de US$ 3 milhões e 1.800 cavalos de potência atingiu uma velocidade de 420 quilômetros por hora em 2016.
Os conversíveis geralmente têm velocidades máximas mais baixas do que os carros com capota rígida por causa de sua aerodinâmica mais pobre.
O Mistral também será o último modelo a ter o famoso motor W16 de 16 cilindros da Bugatti. Mate Rimac, CEO da Bugatti-Rimac, a empresa que agora possui a marca Bugatti, disse que os futuros modelos Bugatti serão híbridos. Não está claro que tipo de motor a gasolina esses futuros modelos terão, mas não será o mesmo W16 que, com vários desenvolvimentos e melhorias, alimenta todos os carros modernos da Bugatti desde 2005.
A versão desse motor usado no Mistral é a mesma que impulsionou o Bugatti Chiron Super Sport que a Bugatti afirmou em 2019 ser capaz de atingir velocidades de quase 305 milhas por hora.
O ar para o grande motor do Mistral é aspirado através de tomadas de ar atrás de cada um dos dois assentos do carro. As tomadas de ar são feitas de fibra de carbono e são projetadas para suportar todo o peso do carro para proteger os ocupantes em caso de capotamento. As entradas de ar na lateral do carro são para os resfriadores de óleo. O ar que passa pelos resfriadores de óleo é expelido pelas lanternas traseiras em forma de X do Mistral.
O design do Mistral foi inspirado no clássico Bugatti Type 57 Roadster Grand Raid de 1934. Especificamente, os designers da Bugatti analisaram um Roadster Grand Raid que está atualmente em exibição no museu do carro Louwman, na Holanda, de acordo com a Bugatti. O pára-brisa em forma de V do carro e as corcovas que se erguem atrás de cada um dos assentos estão entre as semelhanças com o carro moderno.
A frente do Mistral tem seu próprio design distinto com faróis cada um feito de quatro barras de luz. A grade central em forma de ferradura também é mais profunda e mais larga do que nos carros com capota rígida.
Os primeiros carros serão entregues aos clientes em 2024, de acordo com a Bugatti. A Bugatti foi desmembrada do Grupo Volkswagen em 2021 e agora é parceira da fabricante croata de supercarros elétricos Rimac . A fabricação da Bugatti permanece em sua casa tradicional de Molsheim, na França.
