O bairro de São João do Cabrito, no Subúrbio Ferroviário, ganhou neste sábado (20) uma nova Arena Biguá, na Rua Juazeiro, totalmente requalificada e modernizada.
O campo de grama sintética é o 42º entregue desde 2021 pela Prefeitura de Salvador, e a obra teve um investimento superior a R$1,5 milhão.
O prefeito Bruno Reis (União Brasil) inaugurou o espaço ao lado de Júnior Magalhães, secretário de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre) e outras lideranças municipais.
Além do campo de grama sintética, a Arena Biguá recebeu a instalação de 32 projetores em LED, vestiários, novas arquibancadas e alambrados, traves, rede e cobertura, dentre outros serviços, deixando o espaço mais adequado para receber projetos sociais da comunidade e eventos esportivos em geral. O nome da arena homenageia Raimundo Archanjo de Jesus, que era mais conhecido como Biguá, ex-jogador que brilhou no Leônico na década de 1960 e morava no São João do Cabrito.
Bruno Reis falou sobre a importância de criar campos com boa estrutura nos mais diversos bairros: “Nós modernizamos a Arena Biguá para vocês, para a comunidade usufruir dela. A gente sabe que uma arena como essa tem a capacidade de dar o início a uma carreira. Quantos craques saíram de comunidades para se destacarem no Brasil e no mundo? Eles servem de inspiração para essa garotada, que pode ter o seu presente e o seu futuro transformados pelo esporte”, afirmou.
Durante o evento, o garoto Clarke Barreto Correia, de 8 anos, que aprende futebol através do Projeto Favela, com aulas na Arena Biguá, contou como era usar o campo que lá existia. “Antes era tudo de barro, quando chovia virava lama, se a gente caísse se ralava todo, doía muito. Agora tá parecendo campo europeu, tô muito empolgado para jogar bola, quero fazer gol, vou driblar muito”, disse.
O prefeito aproveitou a deixa: “Agora acabou a poeira, acabou a lama, vocês vão poder jogar bola de manhã, de tarde e de noite, porque aqui tem iluminação em LED. Pode chover o que for que não vai atrapalhar o baba de vocês. A gente sabe que o esporte tem um poder grande de transformação, de mobilização das pessoas. É saúde, é disciplina, é respeito à hierarquia, é ferramenta de inclusão social e instrumento para ajudar a combater o crime, as drogas e a marginalidade”.
Titular da Sempre, Júnior Magalhães disse que a Prefeitura segue trabalhando para atingir a meta de entregar 100 campos de grama sintética até o final deste ano. “Este é o 42º campo que nós entregamos na atual gestão, sempre com o olhar sensível e priorizando as áreas mais carentes da cidade, porque a gente sabe o impacto disso aqui, vê a comunidade toda em festa, alegre, porque sabe o que isso representa para eles”, disse.
“Esses espaços são muito importantes para as comunidades, muitas vezes é o único ponto de encontro das pessoas, o único local de lazer. Por isso, a Prefeitura faz a obra com toda a qualidade, digno de qualquer condomínio privado de Salvador. Poucos lugares têm uma estrutura como essa. A Prefeitura se preocupa em oferecer o melhor porque um campo oferece inclusão social, é a possibilidade de interação com a comunidade, de tirar muitas crianças das coisas erradas, então acho que essa é uma política, de fato, em que o município deve seguir investindo alto”, completou Júnior Magalhães.
Projetos sociais
Adriana Andrade é presidente do Projeto Favela, que desenvolve ações esportivas com crianças e jovens no São João do Cabrito. A escolinha de futebol atende 180 crianças de 7 a 17 anos. “Esse novo campo vai ajudar muito, porque antes a gente treinava na lama, era horrível, quando chovia não tinha treino. Agora, vamos poder aumentar o número de crianças, ajudar a comunidade, tirar os jovens da rua, das drogas, de tudo que é ruim e trazer para o esporte”, disse.
Adriano Andrade, de 23 anos, nascido e criado na comunidade, fez parte do Projeto Favela e hoje é professor de futebol. “A gente sabe que está numa comunidade em que muitos não têm condição de praticar esporte em outros locais, até pelos valores que são gastos de mensalidade e transporte. Então, a intenção do nosso projeto é tirar as crianças da rua, ocupar o tempo deles, educar. E agora, com a nova Arena Biguá, a gente vai poder fazer isso ainda melhor”, comentou.
Gabriel Luciano Sena, de 10 anos, é recém-chegado ao Projeto Favela e já se empolgou com o campo: “Limpo, bonito, com a rede boa, tô bem ansioso para estrear no gramado. Eu venho três vezes na semana para jogar bola aqui”, disse. Gustavo dos Santos Souza, de 9 anos, tem dois anos na escolinha de futebol: “Tô achando que vai ser bem legal, vai ser melhor, porque antes era de areia e a gente ficava todo sujo jogando. Quando chovia era horrível, a gente pisava na lama”, afirmou.