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domingo 2 de março de 2025 às 13:20h

Bruno Reis e delegação nigeriana visitam centro de acolhimento para filhos de ambulantes no Carnaval

CARNAVAL, NOTÍCIAS


O prefeito Bruno Reis (União Brasil) visitou neste domingo (2) a Escola Municipal Hildete Lomanto, no Garcia, uma das cinco unidades do programa Salvador Acolhe, iniciativa da gestão municipal que atende a filhos de ambulantes que trabalham durante o Carnaval.

Foto: Valter Pontes/PMS

No local, Bruno Reis foi recebido pelas crianças e também encontrou uma comitiva da Nigéria, que esteve na escola para conhecer a ação pioneira da Prefeitura de Salvador. Visitaram a unidade Lawal Idris, ministro-conselheiro da Embaixada da Nigéria no Brasil, e Nenman Gonchen, primeiro-secretário da embaixada nigeriana no país.

“O nosso objetivo é proteger as crianças, dar muito carinho, amor. Temos atendimento médico, odontológico, psicossocial, atividades recreativas, alimentação. Isso permite que os pais possam trabalhar nas ruas com tranquilidade, sabendo que seus filhos estão sendo bem cuidados. Muitos entraram aqui no início do Carnaval e só vão sair depois”, afirmou o prefeito.

Foto: Valter Pontes/PMS

Ao comentar a visita da delegação nigeriana, Bruno Reis destacou o caráter pioneiro do Salvador Acolhe.

“É um case de sucesso criado por nós, que a cada ano vem sendo ampliado. Não só representantes de outros países, mas também de outras cidades e estados já estiveram aqui conhecendo para levar essa iniciativa municipal como referência para os grandes eventos. Isso é motivo de muito orgulho para todos nós, porque é uma grande festa, que não é fácil ser organizada. E a gente se preocupa com todos os detalhes, em especial com o cuidado dos filhos dos ambulantes”, disse o chefe do Executivo municipal.

O Salvador Acolhe também foi elogiado recentemente pela ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, que conheceu a estrutura na última quinta-feira (27), primeiro dia oficial do Carnaval.

“Somos a única cidade no Brasil com este modelo por tanto tempo. Desde 2014, essa política vem avançando. Recebemos a ministra Macaé Evaristo, que inclusive quer levar este modelo para uma política nacional”, relatou Fernanda Lordêlo, titular da Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ), pasta responsável pelo Salvador Acolhe.

Funcionamento

A iniciativa tem capacidade de acolher até 600 crianças e adolescentes. Neste domingo (2), 513 filhos de ambulantes estão nos cinco centros. Este ano, já foi registrado um recorde no primeiro dia de Carnaval em comparação com anos anteriores.

Foto: Valter Pontes/PMS

“O volume foi significativamente maior. Isso significa que as pessoas conhecem e confiam mais no serviço. A gente talvez precise ampliar ainda mais essa operação. Estamos dialogando também com o Estado e outros órgãos, porque estamos recebendo muitas famílias de fora de Salvador. Elas não deixam de ser acolhidas, mas é importante que todos os órgãos tenham consciência de que existe esse público que precisa de acolhimento”, pontuou a Lordêlo.

Integrante da comitiva nigeriana, o ministro-conselheiro da Embaixada, Lawal Idris, contou que a nação africana tem duas grandes festas como o Carnaval, em abril e dezembro, e prometeu levar a ideia para o seu país. Segundo ele, há semelhanças logísticas e também em relação aos problemas enfrentados durante os eventos.

“Essa é uma iniciativa muito admirável, porque traz um alívio para esses pais trabalhadores durante o Carnaval, que não é um trabalho fácil. Não há paz maior para um pai ou mãe saber que o seu filho está sendo cuidado por uma equipe de qualidade”, comentou Idris.

Tranquilidade

O casal de ambulantes Leandro Góes e Biele Dias deixa os quatro filhos sob os cuidados da Prefeitura há três anos durante o Carnaval. “Me sinto super segura, tranquila. Eles são bem cuidados e já ficam ansiosos aguardando chegar o próximo ano para vir novamente”, relatou a mãe.

Segundo ela, o serviço é fundamental para o trabalho do casal durante a festa. “Se não fosse essa ajuda que a gente tem para deixar as crianças, não tinha como trabalhar. Porque eles são muito pequenos e para achar uma pessoa para olhar quatro crianças é difícil”, afirmou.

Pontos

Os centros de acolhimento estão localizados em pontos estratégicos, divididos por faixa etária e com proximidade dos circuitos da festa.

As unidades em funcionamento são: Escola Municipal João Lino – Rua Maciel de Cima, 6, Pelourinho (0 a 6 anos); Escola Municipal Hildete Lomanto – Rua Prediliano Pitta, 01, Garcia (7 a 17 anos – grupo de irmãos); Escola Municipal Santa Terezinha – Rua Deocleciano Barreto, 9, Chame-Chame (0 a 6 anos); Escola Municipal Casa da Amizade – Rua Quintino de Carvalho, 277, Ondina (7 a 17 anos – grupo de irmãos); e Escola Municipal Osvaldo Cruz – Rua do Meio, 13, Rio Vermelho (7 a 17 anos – grupo de irmãos).

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