Após assinatura da ordem de serviço para as obras nas áreas livres das estações Hiper e Cidadela do BRT, o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), discutiu em conversa com a imprensa nesta última segunda-feira (17), a possibilidade de o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) incentivar a renovação de frotas de ônibus e outros meios de transporte coletivo no próximo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que deve ser lançado em março.
Durante o evento, realizado na Avenida ACM, na capital baiana, Bruno Reis compartilhou segundo Mateus Soares , do jornal Tribuna, com os jornalistas presentes que teve a oportunidade de discutir com o presidente e o ministro das Cidades, Jader Filho, sobre a situação do transporte público no país, que, de acordo com o prefeito, está desequilibrado.
Na conversa com o presidente e na conversa com o ministro das Cidades, cogitamos a questão da eletromobilidade, da criatividade, que tem que ter, da capacidade que temos que ter de aproveitar a tecnologia, inovação, para reduzir os custos do sistema”, disse. “Nenhum sistema de transporte público nas cidades é autossustentável. Ou seja, a tarifa não remunera mais o sistema. Está desequilibrado em todo o Brasil”, voltou a alertar o atual gestor da cidade.
Segundo Bruno Reis, “os ônibus hoje para rodar é porque a Prefeitura está custeando isso, a Prefeitura está pagando combustível”. “Como reduzir os custos do sistema para que ele fique viável?”, indagou Bruno, e emendou: “Um dos caminhos é a renovação de frota com eletromobilidade, e esperamos que o governo federal possa viabilizar linhas de crédito subsidiadas e possa ajudar essas empresas através de Refis para que tenham condições de se habilitar para empréstimos”.
“Defendemos um marco regulatório sobre transporte público no Brasil”, acrescentou o prefeito da capital.
Na oportunidade, Bruno Reis também afirmou segundo Mateus Soares, que os vetos parciais que fez na semana passada no Projeto de Lei da vereadora Laina Crisóstomo (PSOL) se justificam já que a matéria feriu o princípio da legalidade.
A proposta da vereadora do PSOL sugeria a criação da Campanha Permanente de Conscientização e Enfrentamento ao Assédio e à Violência Sexual.
“A campanha ‘Não é Não’ foi sancionada. Agora, tem determinadas obrigações no projeto que são inconstitucionais, que ferem o princípio da legalidade, e aí existe uma procuradoria do município, que é quem dá a palavra final do que está dentro da lei para que eu possa sancionar ou vetar”, respondeu Bruno.
A campanha em questão tem como objetivo enfrentar o assédio e a violência sexual nos equipamentos, espaços públicos e transportes coletivos de Salvador; divulgar informações sobre o assédio e a violência sexual; disponibilizar os telefones de órgãos públicos responsáveis pelo acolhimento e atendimento das mulheres; e incentivar a denúncia das condutas tipificadas.