O prefeito de Salvador, Bruno Reis (UB), classificou na manhã desta sexta-feira (20), que a greve dos professores da rede municipal de ensino como “política”. Em contato com a imprensa, o gestor afirmou que o sindicato da categoria, a APLB, dá um “tratamento diferente” à Prefeitura em relação ao Governo do Estado.
“O governo do estado passou sete anos sem dar um aumento. Nunca fizeram uma paralisação. Nunca fizeram a greve. Nós demos aumento em 2017 e 2018, em 2020 íamos dar o aumento mas veio a lei complementar que impediu o aumento do piso”, disse o prefeito.
Bruno ainda pontuou conforme o bahia.ba, que os reajustes propostos pelo município são equivalentes ao do estado. O prefeito lembrou que, enquanto o governo concedeu 4% de reajuste linear, que chegaria a 12% com progressões nas carreiras, a prefeitura propôs um aumento de 6%, com possibilidade de chegar a 11,37% com os benefícios.
“Eles apresentaram uma proposta, eu relutei para aceitar, fiz conta, refiz, e disse que podia aceitar. Logo depois, eles retiraram a proposta e entraram em greve, de imediato, sem sequer fazer uma paralisação. É o que isso gente? Não é política? São as crianças e os professores que querem trabalhar que vão pagar o preço porque o sindicato quer fazer greve? Não pode ser assim. Já temos praticamente dois anos sem aulas por conta da pandemia”, acrescentou o gestor.
Ainda durante o pronunciamento, Bruno Reis destacou que os professores já recebiam o novo piso do Fundeb mesmo antes da aprovação pelo Governo Federal. Segundo o prefeito, dos R$ 840 milhões que a prefeitura recebe de recursos do Fundo, 100% é encaminhado para o pagamento da folha da categoria. Ele afirmou que ainda complementa o montante com recursos próprios da prefeitura.
“Ninguém aqui tá se recusando a dar o reajuste. Eu estou vendo a inflação no país e sei o quanto estou sofrendo com o transporte público e com todos os contratos que a prefeitura tem assinado.[…] Peço aos professores que não façam greve. Vão trabalhar. Vamos vencer as dificuldades juntos, trabalhando, com bom senso”, concluiu Bruno Reis