Segundo a Folha de S. Paulo, pela primeira vez desde setembro, quando teve início o monitoramento do Índice de Popularidade Digital (IPD), feito pela consultoria Quaest e publicado pelo jornal, Bruno Reis (DEM) assumiu a liderança do ranking dos candidatos à Prefeitura de Salvador.
Reis, que é vice-prefeito da cidade e tem o apoio do atual mandatário ACM Neto, ultrapassou a candidata do governador Rui Costa (PT), Major Denice (PT). Ela ocupava o primeiro lugar desde setembro, mas perdeu pontos na última semana, enquanto Reis continuou crescendo.
A distância entre os dois, contudo, é de apenas oito décimos.
De acordo com pesquisa Ibope divulgada em 5 de outubro, Reis tem 42% das intenções de voto. Denice, que tem 6%, está tecnicamente empatada com Pastor Sargento Isidório (Avante), com 10% —a margem de erro da pesquisa é de 4 pontos percentuais.
O IPD é elaborado pela consultoria Quaest e passou por adaptações feitas exclusivamente para a cobertura da Folha no período eleitoral. O índice avalia o desempenho dos candidatos no Facebook, Instagram, Twitter, YouTube, Wikipedia e Google.
A Folha publica semanalmente o IPD dos candidatos às prefeituras de São Paulo, Rio, Salvador, Belo Horizonte e Curitiba.
São monitoradas seis dimensões: fama (número de seguidores), engajamento (comentários e curtidas por postagem), mobilização (compartilhamento das postagens), valência (reações positivas e negativas às postagens), presença (número de redes sociais em que a pessoa está ativa) e interesse (volume de buscas no Google, Youtube e Wikipedia).
Um modelo estatístico pondera e calcula a importância de cada dimensão, e os candidatos analisados são posicionados em uma escala de 0 a 100, em que 100 representa o máximo de popularidade.
Os valores são uma média móvel de 5 dias, recurso estatístico que atenua números isolados que fujam do padrão. Ela é calculada somando o resultado de cinco dias seguidos e dividindo por cinco.
No dia seguinte, é acrescentada a informação do período mais recente e excluído o dia mais antigo para o novo cálculo da média.
“Nós viveremos uma eleição que do ponto de vista das redes conviverá o tempo inteiro com volatilidade. Nas próximas seis semanas veremos muita variação porque estamos captando o pulso, o sentimento que está presente naquele momento”, diz Felipe Nunes, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e diretor da Quaest.