Na última quinta-feira (13), um incidente trágico ocorreu em Nairobi, capital do Quênia, resultando na morte de um cidadão britânico, Edgar Charles Frederick, de 79 anos, que foi atropelado por um veículo governamental que integrava a caravana do presidente William Ruto. Este evento não apenas gerou uma onda de indignação nas redes sociais, mas também levantou questões críticas sobre a segurança e a condução das carretas presidenciais em áreas urbanas densamente povoadas. O atropelamento aconteceu enquanto a caravana se dirigia a um compromisso público, e o impacto foi tão severo que o homem sofreu ferimentos graves na cabeça, conforme evidenciado por vídeos que circularam nas plataformas sociais, mostrando a vítima caída no asfalto, com sangramento significativo.
Após o acidente, o motorista do veículo envolvido foi detido, mas posteriormente liberado sob fiança, uma decisão que gerou ainda mais controvérsia e questionamentos sobre a responsabilidade e a resposta das autoridades em situações desse tipo. O porta-voz da polícia, Michael Muchiri, confirmou a detenção e a liberação do motorista, além de mencionar que uma exame post-mortem seria realizado para determinar a causa exata da morte de Frederick. A British High Commission, por sua vez, declarou que estava em contato com as autoridades locais para acompanhar o desenrolar da situação e prestar assistência à família da vítima.
A indignação pública se intensificou à medida que os cidadãos quenianos expressavam sua preocupação nas redes sociais, questionando a necessidade de os motoristas da caravana presidencial dirigirem em alta velocidade em uma via movimentada, onde a segurança de pedestres deveria ser uma prioridade. A prática de conduzir a caravana presidencial em alta velocidade é justificada pelas autoridades como uma medida de segurança, mas o incidente levanta questões sobre a eficácia e a ética dessa abordagem, especialmente em áreas urbanas onde a densidade populacional é alta e o risco de acidentes é considerável.
Frederick estava no Quênia para visitar sua irmã e sobrinho, que residem no país, o que torna a tragédia ainda mais impactante, pois ele estava em uma viagem familiar que terminou de forma abrupta e violenta. O caso não apenas destaca a vulnerabilidade dos pedestres em áreas urbanas, mas também a necessidade de uma revisão das práticas de segurança em torno das carretas presidenciais, que, embora sejam essenciais para a proteção de figuras públicas, não devem comprometer a segurança dos cidadãos comuns. O desenrolar das investigações e a resposta das autoridades serão cruciais para determinar as responsabilidades e evitar que incidentes semelhantes ocorram no futuro.