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sexta-feira 20 de maio de 2022 às 11:57h

BRICS pode formar base de Nova Ordem Mundial, diz especialista

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O grupo dos países do BRICS poderia ser expandido graças a possível integração de vários países da Ásia, África e Américas, incluindo Egito, Indonésia, Irã, Turquia, Argentina ou México, disse Vladimir Nezhdanov, especialista do Instituto de Problemas Internacionais Contemporâneos do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

Na última quinta-feira (19), o chanceler da China Wang Yi sugeriu conforme Sputnik Brasil, durante uma videoconferência entre os ministros das Relações Exteriores do BRICS iniciar o processo de expansão do grupo de economias emergentes atualmente composto por Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul.

“A expansão pode acontecer por meio [da integração] do Egito ou da Indonésia, uma vez que eles têm uma forte capacidade de lidar com ameaças à segurança transfronteiriça e podem trazer novos temas e visões para o grupo”, opina o especialista.

“Irã e Turquia podem ser candidatos a membros do BRICS já que estão ativamente desenvolvendo indústrias de alta tecnologia, e isso também pode ser de interesse para o BRICS. Se olharmos mais amplamente, é possível que Argentina ou México possam ser incluídos”, acrescentou Nezhdanov.

“Países do BRICS podem formar a base de uma nova ordem mundial policêntrica e, a este respeito, a consolidação do grupo e a criação de um consenso mais integrado dos países em desenvolvimento permitem que esta tarefa seja resolvida”, explicou o interlocutor da agência.

Assim como declarou ontem o chanceler chinês Wang Yi, a expansão da organização ajudará a demonstrar a abertura e inclusão do BRICS, respondendo às expetativas dos países em desenvolvimento, e contribuirá para aumentar a representatividade e a influência da associação, bem como para dar uma maior contribuição para manutenção da paz e do desenvolvimento em todo o mundo.

A reunião de quinta (19) foi composta por duas partes: na primeira, os chanceleres do BRICS discutiram temas como a recuperação econômica, a estabilidade internacional e o conflito na Ucrânia. Na segunda parte, juntaram-se os chanceleres da Arábia Saudita, Argentina, Cazaquistão, Egito, Emirados Árabes Unidos, Indonésia, Nigéria, Senegal e Tailândia, segundo o Itamaraty.

China convoca bloco a ‘iniciar processo de expansão’ visando crescimento do BRICS
Chancelaria chinesa acredita que o BRICS deve aumentar sua cooperação com outros países e chama seus países-membros a concederem “mais abertura” a nações emergentes, uma vez que esse seria o “caminho inevitável para o crescimento do bloco”.

Ontem (19), durante uma videoconferência entre os ministros das Relações Exteriores dos cinco países do BRICS e vários terceiros estados, o ministro do MRE chinês, Wang Yi, enfatizou a necessidade do bloco de “demonstrar ainda mais abertura e inclusão”.

“A solidariedade e a cooperação com os países emergentes e em desenvolvimento é uma excelente tradição dos países do BRICS, e é também um caminho inevitável para o desenvolvimento e crescimento do mecanismo do bloco”, disse o ministro chinês.

Para alcançar esses objetivos, Wang pediu para se “fazer bom uso do modelo BRICS+, explorando o desenvolvimento da cooperação em níveis mais altos, em um campo mais amplo e em maior escala, promovendo a normalização e institucionalização das atividades do bloco e estabelecendo associações mais amplas”.

“O lado chinês propõe iniciar o processo de expansão do BRICS, discutir os padrões e procedimentos dessa expansão e formar gradualmente um consenso. Isso ajudará a demonstrar a abertura e inclusão dos países do BRICS, atender às expectativas dos países de mercado emergente e aqueles em desenvolvimento, e aumentará a representatividade e influência dos estados membros do BRICS, fazendo maiores contribuições para a paz e o desenvolvimento mundial”, disse o ministro.

A reunião desta quinta-feira (19) foi composta por duas partes: na primeira, os chanceleres do BRICS discutiram temas como a recuperação econômica, a estabilidade internacional e o conflito na Ucrânia. Na segunda parte, juntaram-se os chanceleres da Arábia Saudita, Argentina, Cazaquistão, Egito, Emirados Árabes Unidos, Indonésia, Nigéria, Senegal e Tailândia, segundo o Itamarty.

Na quinta-feira passada (12), a China convidou a Argentina a participar da cúpula desta quinta-feira (19). Buenos Aires aceitou o convite e enfatizou, através de sua chancelaria, que o chamado é “sumamente importante”, sobretudo em vista do antigo interesse da Argentina de ingressar no BRICS, conforme noticiado.

Busca de segurança à custa de outros países só traz novos riscos, diz presidente Xi Jinping no encontro do BRICS
A história e a realidade demonstram que a aspiração de garantir a segurança à custa da segurança de outros países trará novos riscos e contradições, declarou nesta quinta-feira (19) o presidente da China, Xi Jinping.

O presidente chinês transmitiu uma mensagem em vídeo aos participantes da reunião dos ministros das Relações Exteriores do BRICS, que ocorre nesta quinta-feira (19) por videoconferência sob a presidência do chanceler da China, Wang Yi.

“A história e a realidade nos dizem que a aspiração unilateral de segurança própria sacrificando a segurança de outros países só pode criar novas contradições e riscos”, afirmou Xi Jinping, citado pela emissora estatal chinesa CCTV.

Ele observou que “os países do BRICS devem fortalecer a confiança política e a cooperação em matéria de segurança e manter uma estreita interação e coordenação em essenciais questões internacionais e regionais, bem como considerar os interesses mais importantes e as principais preocupações mútuas, respeitar a soberania, segurança e desenvolvimento uns dos outros”.

O presidente chinês também exortou os países do BRICS a se oporem à hegemonização, à política da força, à mentalidade da Guerra Fria e ao confronto em bloco, juntando esforços para construir uma comunidade de segurança para toda a humanidade.

No início de maio, Xi Jinping disse que as partes relevantes da Europa devem ajudar a Rússia e a Ucrânia a alcançarem a paz por meio de negociações e impedir que o conflito armado se intensifique.

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