Para se livrar da prisão preventiva, o doleiro paulista Ernesto Matalon, cuja prisão foi decretada em maio no âmbito da Operação Câmbio, Desligo, terá que pagar uma fiança de R$ 390 milhões.
Esta é a decisão tomada hoje pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro, em resposta a um pedido de revogação da prisão preventiva feito da defesa de Matalon.
Em sua sentença, Bretas afirma que é “plausível a fixação da fiança em patamar que corresponda aos ilícitos atribuídos aos interessados”.
Ernesto integra, segundo o MPF, a mais célebre família de doleiros de São Paulo, a Matalon. Ele e mais dois parentes tiveram sua prisão decretada Marco Ernest e Patrícia. Mas, desde então, estão foragidos.
De acordo com a delação dos doleiros Claudio Barbosa e Vinicius Claret, o Juca Bala, a família Matalon “era uma das principais operadoras ilícitas no Brasil, desde a década de 90, e que nunca pararam de atuar no mercado paralelo”.
Ainda de acordo com a dupla, os Matalon movimentaram “US$ 100 milhões no período de 2011 a 2017”.