Iniciativa é fruto da parceria com a Valoren, empresa desenvolvedora e operadora de tecnologias para a transformação de resíduos, para produção de resina reciclada com alta qualidade
Comprometida com a economia circular de carbono neutro, a Braskem anuncia um importante investimento para ampliação de seu portfólio de resinas pós-consumo (PCR). Em parceria com a Valoren, empresa especializada no desenvolvimento e operação de tecnologias para a transformação de resíduos, a companhia investirá R$ 67 milhões na construção de uma linha de reciclagem com capacidade para transformar cerca de 250 milhões de embalagens em 14 mil toneladas de resina pós-consumo de alta qualidade por ano. O projeto será instalado em Indaiatuba, interior do estado de São Paulo, e está previsto para iniciar suas operações no quarto trimestre de 2021.
Fabiana Quiroga, diretora de Economia Circular da Braskem na América do Sul, explica que a tecnologia é uma grande aliada para alavancar a reciclagem no Brasil e, consequentemente, o mercado de polímeros pós-consumo. “Os índices de recuperação de resíduos têm crescido gradativamente nos últimos anos e acreditamos que, entre os desafios que o setor ainda possui, o aumento de qualidade da resina PCR, que amplia suas possibilidades de uso, é um fator importante para seguirmos avançando no desenvolvimento desse mercado. Estamos muito satisfeitos em anunciar a parceria com a Valoren, que agregará, ao nosso negócio, sua expertise em gestão e fornecimento de resíduos, além do desenvolvimento de tecnologias para reciclagem, favorecendo toda a cadeia de valor do plástico”, afirma.
Os resíduos processados na linha de reciclagem serão, em sua maioria, de origem doméstica, considerando materiais rígidos de polietileno (PE) e polipropileno (PP), como embalagens de alimentos, materiais de limpeza, produtos de higiene pessoal e cosméticos. O material, após processado, originará um PCR de alta qualidade.
A linha de reciclagem será formada por um complexo modular, ou seja, que integra diferentes etapas do processo. Os resíduos plásticos colocados no início do processo passarão pelas etapas de moagem, lavagem, extrusão e homogeneização. O arranjo do projeto é inédito e o maquinário conta com tecnologia europeia de ponta, complementada por equipamentos nacionais.
Entre os diferenciais do projeto estão: linha de lavagem de alto desempenho, com selecionador ótico para remoção de contaminantes por coloração e por tipo de material; silos homogeneizadores; sistemas de dosagem de aditivos e insumos de alta precisão; e, módulo para eliminação de odor e de filtração de polímero de alto desempenho, o que contribuirá para a qualidade do PCR final. O sistema também busca atender às melhores práticas de sustentabilidade, com tratamentos de água de recirculação, para otimização dos recursos de água e de energia. Além disso, o projeto reforça o compromisso da Braskem em adotar as melhores práticas no controle de pellets – formato no qual a resina plástica é comercializada.
“Acreditamos muito nessa parceria com a Braskem ao contribuirmos com o desenvolvimento de um projeto inovador, que traz ao Brasil o melhor da tecnologia mundial em reciclagem mecânica, totalmente alinhado com a missão da Valoren de ampliar a economia circular por meio da valorização de resíduos, aplicando tecnologias e modelos de negócio inovadores. O projeto possui cunho não apenas tecnológico e econômico, mas também ambiental e social ao integrar à nova planta uma cadeia de suprimentos de material que promoverá um aumento da reciclagem do resíduo plástico e da profissionalização dos recicladores no Brasil”, comenta Heinz-Peter Elstrodt, presidente do Conselho da Valoren.
“A Braskem nasceu tendo o desenvolvimento sustentável como objetivo atrelado ao negócio e a economia circular sempre fez parte do nosso mindset. Acreditamos na importância da mobilização de todos os elos da cadeia, da indústria ao consumidor final, para assim avançarmos na transformação que desejamos enquanto sociedade. Esta linha de reciclagem é mais uma etapa importante da construção dessa jornada”, conclui Fabiana.
Contribuição do plástico para neutralização das emissões de carbono
Maior produtora de resinas termoplásticas das Américas e líder mundial na produção de biopolímeros, a Braskem anunciou, em novembro, a ampliação dos seus esforços para se tornar uma empresa carbono neutro até 2050. Para alcançar esta meta, a estratégia da companhia considera iniciativas de redução, compensação e captura de carbono.
Entre as metas definidas, a companhia pretende, até 2030, diminuir em 15% as emissões de gases de efeito estufa e ampliar seu portfólio I’m green™, que considera os produtos com foco em economia circular, para incluir, até 2025, 300 mil toneladas de resinas termoplásticas e produtos químicos com conteúdo reciclado; alcançando 1 milhão de toneladas desses produtos até 2030. Além disso, a empresa vai trabalhar para que nos próximos dez anos haja o descarte adequado de 1,5 milhão de toneladas de resíduos plásticos.
As iniciativas da Braskem para as próximas décadas estão alinhadas à Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), seus 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, e com o Acordo de Paris para o controle dos impactos das mudanças climáticas. Conheça o manifesto da Braskem em www.braskem.com.br/macroobjetivos.