Segundo dados são do estudo CREST, feito pelo Instituto Foodservice Brasil (IFB) em parceria com a Mosaiclab e publicado por Isabela Bolzani, do g1, os brasileiros gastaram R$ 216,2 bilhões com alimentação fora de casa no ano passado, marcando um aumento de 27,6% em comparação a 2021.
Só no último trimestre de 2022, foram R$ 56,5 bilhões gastos com esse tipo de serviço – nesse caso, a alta foi de 10% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Além de representar uma melhora para o setor, o número também se aproxima aos níveis pré-pandemia: em relação a 2019, por exemplo, houve um aumento de 1% dos brasileiros com esse tipo de gasto no ano passado. Segundo o responsável pela área de marketing do IFB, Lucas Roberto, os números indicam uma recuperação importante para o setor de alimentação fora de casa, que foi um dos mais “afetados pelas restrições impostas para conter o avanço da Covid-19”.
“O setor é altamente resiliente e vem comprovando que pode se ressignificar. Não haverá um retorno ao normal, mas sim novos comportamentos e novas expectativas, e os empresários estão se adaptando”, afirmou o executivo. O levantamento ainda aponta para um aumento de 8% na quantia gasta pelos consumidores, com um ticket médio de R$ 19,27. O movimento, diz o estudo, é reflexo do maior fluxo de visitação das pessoas aos estabelecimentos físicos: houve um aumento de 2% na mesma base de comparação.
“Finais de semana também ampliaram seu espaço no foodservice, sinalizando que o consumo voltado para o cotidiano comum das pessoas tem como desafio não apenas a recuperação [do segmento], mas também [a adaptação] aos novos hábitos do consumidor”, informou o IFB em nota oficial.
O estudo também aponta que o uso do delivery também aumentou sua participação no setor, saindo de 9% em 2019 para 16% em 2022. O levantamento mostra ainda que os pedidos feitos exclusivamente por aplicativos dobraram em relação aos níveis pré-pandemia e já apresentam um aumento de mais de 1.000% em comparação a 2016. “Agora, a meta é trazer de volta antigos clientes e atrair novos, dentro da nova dinâmica de consumo. Observamos uma nova configuração, com novos desafios para o foodservice, mas, acima de tudo, vemos a capacidade de adaptação e reinvenção do segmento”, completa Lucas Roberto, do IFB.