quinta-feira 27 de junho de 2024
Empresa investe em bairros de luxo na Florida - Foto: Divulgação/ Invisto
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sábado 22 de junho de 2024 às 15:56h

Brasileiro cria nos EUA fundo que investe em demolição e construção de casa em 9 meses

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Quem já assistiu o programa Irmãos à Obra está acostumado a ver as condições de muitas casas nos Estados Unidos: construções velhas e precárias, feitas de madeira, que levam a obras geralmente muito caras. O empresário brasileiro João Vianna viu nessa cenário uma oportunidade para criar a Invisto, empresa que investe no mercado imobiliário norte-americano comprando casas velhas e colocando tudo abaixo.

Em conversa com a reportagem da revista IstoÉ Dinheiro, Vianna, que já tem experiência com o mercado imobiliário com a criação da Loft, explicou que viu enxergou em 2022 e a oportunidade de oferecer um negócio escalável com a demolição de casas antigas e a construção de habitações novas.

“A idade média do estoque das casas disponíveis para venda nos EUA é em torno de 43 anos. Se você pegar uma casa de alvenaria aqui no Brasil, essa é uma idade boa, mas nos EUA 94% são feitas de madeira, então essa vida útil é muito menor. Acaba sendo mais rápido e mais barato derrubar e construir uma casa nova do que reformá-la”, explica.

Além de Vianna, a empresa tem como sócios Victor Magalhães (ex-CEO e ex-CRO da Loft), e Rafael Rebouças (fundador da Joy Living).

Atualmente, há cerca de 55 casas prontas e a expectativa é de 100 casas vendidas até o meio de 2025.

Assista:

O fundo conta com US$ 60 milhões para financiar a construção de novas casas nos EUA, visando uma margem de lucro de 60%. Os cerca de 100 investidores brasileiros e estrangeiros do fundo devem receber os primeiros retornos em junho de 2025. A média do rendimento anual é de 18% em dólares por ano.

A média do tempo que uma casa leva desde a fundação até ficar 100% pronta é 9 meses. Confira o vídeo da construção de uma casa em poucos meses:

Construções são focadas em áreas nobres

Identificado esse mercado, a companhia então focou no mapeamento das áreas com maior potencial de valorização dos imóveis. Foram feitas pesquisas e levantamento de dados para identificar áreas nobres, com escolas de qualidade por perto, parques e comércios onde a busca por casas deveria se focar. Levando tudo isso em conta, as cidades de Orlando e Winter Park, na Flórida, foram as que receberam os primeiros investimentos.

Até o final do ano mais um fundo, dessa vez de US$ 150 milhões, está previsto para ser lançado. Como diferencial estará a exploração de um novo mercado: a cidade de Tampa, também na Flórida. O investimento é para grandes investidores e feito por meio de family offices, consultorias particulares que cuidam de altos patrimônios. O processo de captação de novos investidores é feito pelo próprio fundo.

Outro diferencial de mercado é a cota mínima de investimento. No primeiro fundo, esse valor era de US$ 500 mil por investidor. A ideia é diminuir o valor de entrada e aumentar o número de investidores para chegar aos US$ 150 milhões.

Clientes mais velhos e millennials

Por mais que o mercado imobiliário norte-americano se encontre mais devagar em 2024, Vianna explica que dois perfis ainda mantêm o mercado aquecido, principalmente na região da Flórida: os mais velhos e os millennials. Um outro fator importante para que a região cresça é que há cada vez mais incentivos fiscais para que empresas se instalem na Flórida.

“Os primeiros acabam procurando casas menores depois que os filhos deixam as casas, além de procurar o sul dos Estados Unidos por ser uma região mais quente. Já os millennials contestaram a ideia de que seria uma geração que não iria comprar casas, e agora estão comprando”, diz.

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