Há exato um ano, em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarava a existência de uma pandemia do novo coronavírus, o agente causador da Covid-19.
Naquele dia, o planeta registrava pouco mais de 120 mil casos e menos de 5 mil óbitos, porém a OMS já era pressionada pela comunidade científica a reconhecer a existência de uma epidemia de alcance global, ou seja, uma pandemia.
Apesar de a crise ter começado na China, em 11 de março de 2020 a Itália já havia assumido o posto de epicentro da pandemia no mundo, enquanto o Brasil, que agora ocupa esse lugar, acumulava menos de 50 casos e sequer tinha registrado seu primeiro óbito.
Mas as coisas mudaram ao longo de um ano. Hoje o Brasil apresenta os piores números diários da pandemia em todo o mundo, superando até mesmo os Estados Unidos, e registra uma média móvel semanal de 1.626 óbitos, segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
Apenas na última quarta-feira (10), foram contabilizadas 2.286 mortes por Covid-19, maior número já registrado pelo país desde que a doença começou a se espalhar, e as próximas semanas podem ser piores.
O Brasil continua marcando uma média de 70 mil novos casos por dia, o que deve continuar pressionando as já lotadas UTIs do país. Segundo o último boletim da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), todas as 27 capitais brasileiras apresentam índices de ocupação de leitos em terapia intensiva superiores a 70%, sendo que em 25 delas esse indicador está acima de 80%.
Até o momento, o Brasil vacinou apenas 9 milhões de pessoas, incluindo aquelas que só receberam uma dose, o que equivale a menos de 5% da população nacional.